No verão, ter que esconder as pernas é um castigo.
O gostoso é poder usar roupas mais confortáveis como saias, vestidos, bermudas e shorts.
Só que muita gente tem vergonha de usar essas peças porque não está com as pernas em dia.
Celulite, estrias e as terríveis varizes são mesmo um problema. Qualquer um pode ter "vasinhos", mas você já percebeu que os homens dificilmente sofrem com esse mal? Pois é, isso tem uma causa fisiológica: acontece que eles têm mais colágeno que nós. Portanto, podemos dizer que a pele dos moços é "menos transparente", então as varizes só aparecem neles quando a situação é bem grave, quando as veias estão muito dilatadas e tortuosas.
Segundo Fernando Soares Moreira, especialista em angiologia e diretor da Clínica Steticlin, as varizes surgem como pequenas veias arroxeadas ou vermelhas e em casos mais avançados podem apresentar coloração mais escura e veias salientes. A hereditariedade certamente pode ser considerada o seu principal fator, mas os níveis hormonais também estão relacionados. "O cuidado preventivo e antecipado evita que outras veias fiquem doentes e desenvolvam novos vasinhos e varizes. Ele deve ser feito com o uso de meias-elásticas, quando se fica muito tempo em pé ou sentado. Evite o uso de anticoncepcionais hormonais. Praticar atividades físicas também é um excelente preventivo", ressalta o especialista.
"Outra razão para o surgimento de varizes é a dificuldade de retorno venoso na região das pernas", afirma a dermatologista Ligia Kogos. Ela explica que pessoas que ficam muito tempo sentadas - quem trabalha na frente do computador, por exemplo - tem mais chances de desenvolver esse mal, pois a posição e a falta de movimentação não facilita o retorno do sangue que vai até os pés, dificultando a circulação dele e causando até dores nas pernas.
No grupo de risco para adquirir as temidas varizes também está quem é obeso, mulheres que tiveram o tamanho do útero aumentado, com miomas e até as grávidas. Mas calma. É necessário que haja um aumento razoável de peso e, por consequência, da sobrecarga nas veias das pernas, para que alguém nessas condições tenha suas veias dilatadas demais.
Além disso, um dos verdadeiros vilões quando o assunto são varizes é o cigarro. "O tabagismo favorece a aparição delas, porque diminui o colágeno da pele a longo prazo. Ele contrai os vasos, deixando a pele ficar mais pálida e mais transparente", alerta a especialista. Para se ter uma ideia, uma mulher de 30 anos que tenha fumado uns 10 cigarros por dia desde que tinha 20 anos provavelmente terá o teor de colágeno semelhante ao de uma pessoa mais velha, com 42, até 45 anos. Claro que podem haver variações, porque causas genéticas e outras também interferem nos níveis de colágeno da pele. As negras e orientais têm nível maior que as mais branquinhas.
E se você ingere menos proteínas do que seu organismo precisa, cuidado. Como esses nutrientes fazem a manutenção das células, sua pele pode ficar mais flácida. Por isso, é bom ter uma dieta balanceada e que supra todas as necessidades do nosso corpo. Apesar dos vários fatores que contribuem para a má circulação nos membros inferiores, não é tão difícil amenizar as varizes já existentes. "O segredo é ‘atacar’ em duas frentes: facilitar o retorno venoso e aumentar o colágeno da pele", diz Ligia.
Para isso, um dos melhores remédios é fazer caminhada. Com a movimentação, o retorno do sangue pelas veias fica muito mais fácil. Para prevenir, andar também funciona. No caso das mulheres que já passaram da menopausa, há tratamentos específicos. "Após a menopausa, a perda de colágeno é muito grande, mas com reposição hormonal isso é bem menos frequente. Uma das vantagens desse tratamento é manter o teor de colágeno da pele. A aparência melhora depois de dois, três meses de reposição. Uma alternativa para quem não pode fazer a reposição é usar cremes a base de hormônios ou outras substâncias que estimulem a produção de colágeno, como hidratantes e ácidos", fala a dermatologista.
Hidratar a pele com as veias dilatadas e massageá-la vale a pena, em especial para casos mais graves de varizes, em que a mulher sente dores. Outra dica ótima é, sempre que possível, colocar as pernas para cima, para que fiquem pelo menos perpendiculares ao corpo.
Tratamentos
No consultório, especialistas recorrem a várias técnicas, entre elas a crioescleroterapia, com o objetivo de secar varizes e vasinhos. Com aplicações indolores, uma substância com ativos congelados a 40ºC negativos é injetada nas veias para que sejam secas. Por estar gelada, a substância provoca a contração do vaso, potencializando seu efeito.
"É um método de esclerose no qual injetamos o mesmo liquido, que na escleroterapia convencional, ou seja, glicose nos pequenos vasinhos (telangiectasia)", explica o angiologista. A escleroterapia é feita através da injeção no vaso doente de uma fórmula com consistência de espuma por conter gás líquido em sua composição. O uso de ultrassom ajuda a direcionar a aplicação da espuma. O tratamento tem o beneficio de poder ser feito no consultório e sem o uso de anestesia.
"Já no caso do laser, a principal vantagem é o tempo de recuperação. Enquanto que na cirurgia convencional ele é de 15 dias, com o laser o tempo é reduzido para três. O laser é mais usado quando as safenas estão comprometidas". Veja como ele funciona:
Aplicação de Laser - Causa uma pequena lesão nos vasinhos e nas microvarizes, fazendo com que o sistema imunológico envie para as áreas afetadas substâncias cicatrizantes, que logo são absorvidas pelo organismo. Essa técnica é mais indicada para o tratamento de regiões mais sensíveis às picadas como tornozelos e pés. Para os casos mais avançados como das veias azuis-esverdeadas, a associação do laser e da crioscleroterapia permite resultados mais eficazes. A vantagem desse tratamento é que é indolor.
Laser Endovascular - Com o auxílio de uma agulha é introduzido no vaso doente um finíssimo cabo de fibra ótica e o bombardeia com aplicações de substâncias especificas, auxillia o combate das varizes grossas. O método tem o intuito de que as veias sequem e seja reabsorvida pelo organismo, sem que haja necessidade da extração da veia. Esse tratamento tem a vantagem de não provocar inchaços ou hematomas, também não requer internação, anestesia ou cortes.
Anotou? Então, siga as dicas e melhore o aspecto das suas pernas. Assim, elas não precisam ficar escondidas nos dias mais quentes e, de quebra, você ainda ganha em saúde.
Fonte de pesquisa: Cyberdiet
sábado, novembro 20
segunda-feira, novembro 15
Gordura Localizada!? Saiba Como Fugir Dela
Ambos os sexos reclamam de gordura localizada, pois este é um fato que atinge homens e mulheres.
As mulheres costumam acumular mais gordura nos quadris, glúteos e barriga estando relacionada com a herança genética e fatores hormonais.
Já os homens apresentam menor incidência de gorduras localizadas, mas tendem a acumular tecido adiposo principalmente no abdômen.
Essa localização é determinada por fatores hormonais e fazem parte das características sexuais. Entretanto, o excesso de gordura nessas regiões pode ser evitado com uma dieta balanceada e exercícios regulares.
Todo obeso tem gordura localizada, mas nem toda pessoa que possui gordura localizada é obesa. Você pode verificar pessoas com um corpo bom esteticamente falando, mas que possui gordura localizada em algumas partes do corpo.
Quando você emagrece, há um emagrecimento geral do corpo, melhorando a forma física, mas ficam algumas partes onde se tem mais dificuldade em diminuir a gordura. Estas gorduras normalmente se alojam na região do abdômen, coxas, culote, costas e braços.
Algumas pessoas engordam e tem uma tendência de acumular mais gordura em determinadas partes. Depois de acumulada, esta gordura é difícil de ser retirada e em alguns casos apenas uma lipoaspiração resolve o problema.
O exercício físico e a gordura localizada
A combinação mais eficiente para combater estas gorduras extras é sem dúvida o exercício com peso (musculação entre outros) de 4 a 5 vezes por semana e os exercícios aeróbios de 6 a 7 vezes por semana.
Já dissemos que quanto maior a intensidade do exercício, maior a queima calórica e de gordura. Além disto, aumentando a massa muscular, você acelera o seu metabolismo e diminui a % de gordura.
Assim, se torna essencial conciliar a dieta, exercícios físicos e tratamentos estéticos. É importante fazer uma avaliação do seu caso e ter o acompanhamento de profissionais especializados: nutricionistas, professores de educação física, fisioterapeutas, esteticistas e médicos (dermatologista, cirurgião plástico, cirurgião vascular).
Fonte de Pesquisa: Cyberdiet e Lulucha
As mulheres costumam acumular mais gordura nos quadris, glúteos e barriga estando relacionada com a herança genética e fatores hormonais.
Já os homens apresentam menor incidência de gorduras localizadas, mas tendem a acumular tecido adiposo principalmente no abdômen.
Essa localização é determinada por fatores hormonais e fazem parte das características sexuais. Entretanto, o excesso de gordura nessas regiões pode ser evitado com uma dieta balanceada e exercícios regulares.
Todo obeso tem gordura localizada, mas nem toda pessoa que possui gordura localizada é obesa. Você pode verificar pessoas com um corpo bom esteticamente falando, mas que possui gordura localizada em algumas partes do corpo.
Quando você emagrece, há um emagrecimento geral do corpo, melhorando a forma física, mas ficam algumas partes onde se tem mais dificuldade em diminuir a gordura. Estas gorduras normalmente se alojam na região do abdômen, coxas, culote, costas e braços.
Algumas pessoas engordam e tem uma tendência de acumular mais gordura em determinadas partes. Depois de acumulada, esta gordura é difícil de ser retirada e em alguns casos apenas uma lipoaspiração resolve o problema.
O exercício físico e a gordura localizada
A combinação mais eficiente para combater estas gorduras extras é sem dúvida o exercício com peso (musculação entre outros) de 4 a 5 vezes por semana e os exercícios aeróbios de 6 a 7 vezes por semana.
Já dissemos que quanto maior a intensidade do exercício, maior a queima calórica e de gordura. Além disto, aumentando a massa muscular, você acelera o seu metabolismo e diminui a % de gordura.
Assim, se torna essencial conciliar a dieta, exercícios físicos e tratamentos estéticos. É importante fazer uma avaliação do seu caso e ter o acompanhamento de profissionais especializados: nutricionistas, professores de educação física, fisioterapeutas, esteticistas e médicos (dermatologista, cirurgião plástico, cirurgião vascular).
Fonte de Pesquisa: Cyberdiet e Lulucha
Você Transpira Muito???
Se você é daqueles que sua em bicas porque vai falar em público, ou então participar de uma reunião importante, não se preocupe. Muito mais comum do que se imagina, a transpiração em excesso é um distúrbio causado por fatores psicológicos ou orgânicos, mas tem solução. Muitas vezes, simples mudanças no cotidiano ajudam a amenizar o incômodo. Outra alternativa, dependendo da causa, pode ser a intervenção cirúrgica.
Conhecida como hiper-hidrose localizada, o excesso de transpiração — em especial nas axilas, palmas das mãos e plantas dos pés — incomoda bastante, mas não é caracterizado como doença. “Neuro-hormônios, como o cortisol, secretados em situações de estresse e ansiedade, interferem no funcionamento das glândulas sudoríparas écrinas (localizadas em toda a derme, com saída pelos poros) e apócrinas (que existem principalmente nas axilas e virilhas, e que excretam suor pelo folículo pilossebáceo), aumentando a transpiração, independente da temperatura externa”, explica a dermatologista Denise Steiner, presidente da Comissão de Ensino da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Regional de SP. É o famoso ‘suor frio’. A pessoa pode transpirar muito nas mãos e pés ou apenas nas axilas ou na testa, conforme a predisposição orgânica.
Quem tem tendência genética à hiper- hidrose localizada costuma perceber o problema já na adolescência. “O aumento da produção dos hormônios sexuais durante a puberdade estimula a sudorese nas axilas e na região genital, o que pode determinar uma mudança súbita do odor nestas áreas e manchar as roupas”, explica Rogério Silicani Ribeiro, especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e pós-graduando na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Apenas 1% dos casos tem causa específica
Da mesma forma que a hiper-hidrose localizada, a generalizada, que produz um aumento da transpiração no corpo todo, também pode decorrer de situações de ansiedade e nervosismo, quando o sistema nervoso estimula as glândulas sudoríparas écrinas. “É possível, ainda, ser conseqüência de doenças que ativam o sistema nervoso simpático (hipertensão, por exemplo) ou infecções, problemas pulmonares, cardíacos e metabólicos como o diabetes”, diz Ribeiro. “Em algumas doenças metabólicas, como o hipertireoidismo ou a hipoglicemia, a sudorese excessiva pode ser o único sintoma percebido pelo paciente”.
Daí a necessidade de se procurar um especialista para investigar a origem do problema. Durante a consulta, é importante que o médico saiba quando começou, se a pessoa tem diabetes ou qualquer outra doença que pode estar associada ao excesso de suor. “Geralmente, apenas 1% dos casos tem uma causa específica. Muitas vezes pode ser apenas conseqüência de um quadro de estresse, dos calores da menopausa ou da ingestão de algum medicamento”, esclarece Steiner. “Se você sofre com a transpiração excessiva desde a infância ou adolescência, provavelmente é caso de predisposição individual”, avalia.
Ambientes ventilados, mais conforto
Embora a hiper-hidrose incomode até nos dias frios, é no calor que o desconforto piora. Sempre que a temperatura ambiente ou a do corpo (pela prática de atividades físicas, por exemplo) se eleva, a reação do organismo é eliminar o calor através da transpiração, que umedece e refresca a pele, diminuindo a temperatura corporal. Ambientes ventilados, roupas claras (que não retêm o calor) e fabricadas com tecidos leves, que absorvem o suor, podem não resolver, mas ao menos reduzem o desconforto. “Isso é verdadeiro principalmente para pessoas que moram em regiões de clima mais úmido, o que dificulta a evaporação do suor”, diz Ribeiro.
Caminhos do Suor
O suor é produzido pelas glândulas sudoríparas — que estão distribuídas por toda a extensão da pele e se situam na sua camada mais profunda, a derme. São semelhantes a um minúsculo novelinho de lã, de onde parte o túbulo, um canal que desemboca na superfície cutânea. “Todos chamam a saída do pêlo de poro, mas o termo é inadequado — o correto é óstio. O poro verdadeiro, que é a saída da glândula sudorípara, não é visível a olho nu”, explica Denise Steiner. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: a écrina, que se liga diretamente ao poro, e a apócrina, reponsável pelo suor das axilas e virilhas, por exemplo, e que desemboca no folículo pilossebáceo.
Os Pontos Chaves
A pele é responsável por estabelecer o limite entre nosso corpo e o meio externo. Entre as diversas funções vitais que exerce estão a regulação térmica, defesa orgânica, controle do fluxo sangüíneo e funções sensoriais — calor, frio, tato, pressão e dor. É na pele, mais precisamente na derme (sua camada mais profunda) que estão localizadas as glândulas sudoríparas: as écrinas, mais numerosas e distribuídas por todo o corpo, permitem a produção do suor e sua saída diretamente pela pele. Elas produzem o suor nas mãos e nos pés, por exemplo. As apócrinas, existentes principalmente nas axilas, virilhas e regiões com mais pêlos, produzem o suor com odor característico, quando a sua secreção, que é eliminada pelo folículo pilossebáceo, sofre decomposição por bactérias.
Providências simples às vezes resolvem
Veja algumas dicas sugeridas pela dermatologista Denise Steiner.
· Manter a virilha e as axilas depiladas ajuda a evaporar o suor e a diminuir o odor causado pelas bactérias, cuja proliferação é favorecida pela umidade retida nos pêlos.
· Se o desodorante provocar alergia, saiba que o processo inflamatório responsável por esta reação agrava a sudorese. Troque de marca ou escolha um à base de substâncias neutras.
· Compressas com chá preto ajudam a diminuir o suor, graças à presença de ácido tânico, que desacelera a produção da glândula sudorípara.
· Desodorantes antiperspirantes obstruem os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor.
· Se o que mais incomoda é o odor da transpiração, causado pelas bactérias, use desodorantes que contenham bactericidas em sua formulação.
· Existem no mercado aparelhos portáteis de ionização, que inibem o funcionamento das glândulas sudoríparas. Durante os 10 primeiros dias é recomendável usar o aparelho duas vezes por dia. Depois dessa fase, bastam apenas duas aplicações semanais.
Mas se não resolvem...
Se mesmo assim o problema persite, há as soluções terapêuticas, como as aplicações de toxina botulínica. Essa substância inibe a produção de acetilcolina, neurotransmissor necessário para acionar o mecanismo da transpiração, explica Steiner. É injetada pelo médico na camada superficial da pele em toda a área a ser tratada. Não há contra-indicações ou efeitos colaterais, a não ser discretos hematomas. A aplicação na axila é tranqüila, já no caso das mãos e dos pés há a necessidade de anestesia local para suportar a dor. Os efeitos duram cerca de sete meses. Passado este prazo, faz-se uma nova aplicação.
Uma outra opção, diz Ribeiro, é cirúrgica. “Secciona-se o nervo responsável pela ativação do sistema nervoso simpático, que estimula a sudorese, de modo a controlar os sintomas. Mas uma pequena porcentagem dos pacientes pode apresentar efeito compensatório — ou seja, o corpo transferir a transpiração para outras áreas, como coxas e nádegas”.
PARA FUNCIONAR ADEQUADAMENTE, NOSSO ORGANISMO PRECISA MANTER A TEMPERATURA INTERNA DE 36ºC. QUANDO ESTA SE ELEVA, A TRANSPIRAÇÃO AJUDA A RECUPERAR O EQUILÍBRIO NECESSÁRIO
Fonte de pesquisa; Revista Viva Saude/Uol
Conhecida como hiper-hidrose localizada, o excesso de transpiração — em especial nas axilas, palmas das mãos e plantas dos pés — incomoda bastante, mas não é caracterizado como doença. “Neuro-hormônios, como o cortisol, secretados em situações de estresse e ansiedade, interferem no funcionamento das glândulas sudoríparas écrinas (localizadas em toda a derme, com saída pelos poros) e apócrinas (que existem principalmente nas axilas e virilhas, e que excretam suor pelo folículo pilossebáceo), aumentando a transpiração, independente da temperatura externa”, explica a dermatologista Denise Steiner, presidente da Comissão de Ensino da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Regional de SP. É o famoso ‘suor frio’. A pessoa pode transpirar muito nas mãos e pés ou apenas nas axilas ou na testa, conforme a predisposição orgânica.
Quem tem tendência genética à hiper- hidrose localizada costuma perceber o problema já na adolescência. “O aumento da produção dos hormônios sexuais durante a puberdade estimula a sudorese nas axilas e na região genital, o que pode determinar uma mudança súbita do odor nestas áreas e manchar as roupas”, explica Rogério Silicani Ribeiro, especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e pós-graduando na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Apenas 1% dos casos tem causa específica
Da mesma forma que a hiper-hidrose localizada, a generalizada, que produz um aumento da transpiração no corpo todo, também pode decorrer de situações de ansiedade e nervosismo, quando o sistema nervoso estimula as glândulas sudoríparas écrinas. “É possível, ainda, ser conseqüência de doenças que ativam o sistema nervoso simpático (hipertensão, por exemplo) ou infecções, problemas pulmonares, cardíacos e metabólicos como o diabetes”, diz Ribeiro. “Em algumas doenças metabólicas, como o hipertireoidismo ou a hipoglicemia, a sudorese excessiva pode ser o único sintoma percebido pelo paciente”.
Daí a necessidade de se procurar um especialista para investigar a origem do problema. Durante a consulta, é importante que o médico saiba quando começou, se a pessoa tem diabetes ou qualquer outra doença que pode estar associada ao excesso de suor. “Geralmente, apenas 1% dos casos tem uma causa específica. Muitas vezes pode ser apenas conseqüência de um quadro de estresse, dos calores da menopausa ou da ingestão de algum medicamento”, esclarece Steiner. “Se você sofre com a transpiração excessiva desde a infância ou adolescência, provavelmente é caso de predisposição individual”, avalia.
Ambientes ventilados, mais conforto
Embora a hiper-hidrose incomode até nos dias frios, é no calor que o desconforto piora. Sempre que a temperatura ambiente ou a do corpo (pela prática de atividades físicas, por exemplo) se eleva, a reação do organismo é eliminar o calor através da transpiração, que umedece e refresca a pele, diminuindo a temperatura corporal. Ambientes ventilados, roupas claras (que não retêm o calor) e fabricadas com tecidos leves, que absorvem o suor, podem não resolver, mas ao menos reduzem o desconforto. “Isso é verdadeiro principalmente para pessoas que moram em regiões de clima mais úmido, o que dificulta a evaporação do suor”, diz Ribeiro.
Caminhos do Suor
O suor é produzido pelas glândulas sudoríparas — que estão distribuídas por toda a extensão da pele e se situam na sua camada mais profunda, a derme. São semelhantes a um minúsculo novelinho de lã, de onde parte o túbulo, um canal que desemboca na superfície cutânea. “Todos chamam a saída do pêlo de poro, mas o termo é inadequado — o correto é óstio. O poro verdadeiro, que é a saída da glândula sudorípara, não é visível a olho nu”, explica Denise Steiner. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas: a écrina, que se liga diretamente ao poro, e a apócrina, reponsável pelo suor das axilas e virilhas, por exemplo, e que desemboca no folículo pilossebáceo.
Os Pontos Chaves
A pele é responsável por estabelecer o limite entre nosso corpo e o meio externo. Entre as diversas funções vitais que exerce estão a regulação térmica, defesa orgânica, controle do fluxo sangüíneo e funções sensoriais — calor, frio, tato, pressão e dor. É na pele, mais precisamente na derme (sua camada mais profunda) que estão localizadas as glândulas sudoríparas: as écrinas, mais numerosas e distribuídas por todo o corpo, permitem a produção do suor e sua saída diretamente pela pele. Elas produzem o suor nas mãos e nos pés, por exemplo. As apócrinas, existentes principalmente nas axilas, virilhas e regiões com mais pêlos, produzem o suor com odor característico, quando a sua secreção, que é eliminada pelo folículo pilossebáceo, sofre decomposição por bactérias.
Providências simples às vezes resolvem
Veja algumas dicas sugeridas pela dermatologista Denise Steiner.
· Manter a virilha e as axilas depiladas ajuda a evaporar o suor e a diminuir o odor causado pelas bactérias, cuja proliferação é favorecida pela umidade retida nos pêlos.
· Se o desodorante provocar alergia, saiba que o processo inflamatório responsável por esta reação agrava a sudorese. Troque de marca ou escolha um à base de substâncias neutras.
· Compressas com chá preto ajudam a diminuir o suor, graças à presença de ácido tânico, que desacelera a produção da glândula sudorípara.
· Desodorantes antiperspirantes obstruem os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor.
· Se o que mais incomoda é o odor da transpiração, causado pelas bactérias, use desodorantes que contenham bactericidas em sua formulação.
· Existem no mercado aparelhos portáteis de ionização, que inibem o funcionamento das glândulas sudoríparas. Durante os 10 primeiros dias é recomendável usar o aparelho duas vezes por dia. Depois dessa fase, bastam apenas duas aplicações semanais.
Mas se não resolvem...
Se mesmo assim o problema persite, há as soluções terapêuticas, como as aplicações de toxina botulínica. Essa substância inibe a produção de acetilcolina, neurotransmissor necessário para acionar o mecanismo da transpiração, explica Steiner. É injetada pelo médico na camada superficial da pele em toda a área a ser tratada. Não há contra-indicações ou efeitos colaterais, a não ser discretos hematomas. A aplicação na axila é tranqüila, já no caso das mãos e dos pés há a necessidade de anestesia local para suportar a dor. Os efeitos duram cerca de sete meses. Passado este prazo, faz-se uma nova aplicação.
Uma outra opção, diz Ribeiro, é cirúrgica. “Secciona-se o nervo responsável pela ativação do sistema nervoso simpático, que estimula a sudorese, de modo a controlar os sintomas. Mas uma pequena porcentagem dos pacientes pode apresentar efeito compensatório — ou seja, o corpo transferir a transpiração para outras áreas, como coxas e nádegas”.
PARA FUNCIONAR ADEQUADAMENTE, NOSSO ORGANISMO PRECISA MANTER A TEMPERATURA INTERNA DE 36ºC. QUANDO ESTA SE ELEVA, A TRANSPIRAÇÃO AJUDA A RECUPERAR O EQUILÍBRIO NECESSÁRIO
Fonte de pesquisa; Revista Viva Saude/Uol
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