Doce engano
Você cortou o carboidrato, aderiu às fibras e virou a mais assídua da academia. Mesmo assim, nada de perder os quilos extras. Talvez o problema seja justamente tudo o que você tem feito na busca do shape ideal
Contadora de carneirinhos
Suas noites agitadas podem disparar os números da balança. O sono é modulador de várias funções neuroendócrinas, que controlam o apetite e o gasto energético. Nos últimos anos, uma redução do número de horas de sono em crianças e adultos tem sido notada. Essa tendência ocorre no período no qual se observa um aumento marcante da obesidade. Ficar 1 hora a mais na cama a ajudará a perder peso, de acordo com um estudo do Instituto Americano de Saúde Mental. A pesquisa revelou que a leptina, liberada enquanto dormimos, controla a gordura emitindo sinais de saciedade.
Maníaca do diet e do light
Você troca o requeijão normal pelo light, o chocolate normal pelo diet e tem certeza de que está se dando bem na contagem das calorias. Mas pode estar caindo em uma grande armadilha: os produtos diet e light não devem ser consumidos livremente. Em excesso, eles disparam os números da balança, porque, embora a quantidade de gordura seja menor nos produtos light, a de açúcar não é. Já nos diet, compensa-se o açúcar retirado com o excesso de gordura. Doce engano, não??? Outro problema é que você exagera na quantidade, dobrando ou triplicando a porção ingerida.
Mulher em tempo integral
No almoço, você servia 2 colheres de arroz branco para comer com feijão, grelhado e salada. Agora opta por 3 do integral - afinal, a recomendação é ingerir mais fibras. Acontece que os alimentos integrais não só têm a mesma quantidade de calorias dos refinados como, em alguns casos, até um pouco mais. As fibras realmente ajudam a emagrecer ao causar sensação de saciedade prolongada. Além disso, reduzem o colesterol, diminuem a glicose sanguínea e estimulam o trânsito intestinal. Mas não exagere na quantidade. Se você comia uma fatia de pão branco no café da manhã, passe a consumir uma fatia do integral.
Rainha do gado
Em excesso, até água faz mal. Portanto, não adianta cortar carboidratos e depois se acabar em picanha e frango, mesmo que grelhados, ou apelar para soja, barrinhas e shakes à base de proteína. A tática vai comprometer o balanço natural do organismo e brecar seu emagrecimento. Comer só proteínas, principalmente carne vermelha gorda, ou abusar delas acarretará falta de energia, dificuldade para emagrecer, fraqueza, diminuição na produção de hormônios sexuais e redução de neurotransmissores do cérebro associados ao bem-estar. O excesso de proteínas sobrecarrega também a função hepática e a renal, diz Marlise Potrick Stefani, nutricionista. E há um terceiro - e medonho - inconveniente: o mau hálito. Para não precisar falar com ninguém a 2 m de distância, a nutricionista Mariana Escobar, recomenda o consumo de 1,2 g de proteína por quilo de peso. Uma mulher de 50 kg, por exemplo, deve consumir 60 g de proteína.
Glutona de fim de semana
Durante a semana, você segue a dieta à risca. Não come um bombom à tarde e não toma sequer um chope na happy hour. Mas no fim de semana não se segura: o sábado começa com um sorvete, passa por pedaços de pizza no jantar e termina com long necks na balada. Na manhã de domingo, a consciência pesa e você não come nada, mas não resiste à lasanha borbulhante da mamãe e manda logo duas fatias. Pronto: o esforço da semana foi por água abaixo. Afinal, um padrão alimentar constante favorece a continuidade da dieta e os resultados positivos na perda de peso. Ou seja: é melhor comer um bombom na quarta do que um petit gâteau com sorvete no domingo.
Comendo com os olhos
Que o ditado popular "Só de olhar engorda" é uma lenda você sabe. Mas não imaginava que olhar fotos de bolos e doces tentadores ajuda a manter o compromisso com a dieta. Um estudo da Universidade de Utrecht, na Holanda, dividiu 54 mulheres em dois grupos. Um deles viu a foto de um bolo de chocolate e o outro a de uma flor, sob o pretexto de um teste de memória. Em seguida, os cientistas perguntaram às voluntárias se preferiam comer um biscoito de aveia a um bolo de chocolate. As mulheres que viram a fotografia do bolo demonstraram maior propensão a manter uma dieta saudável e optaram pelo biscoito, enquanto as do grupo da flor preferiram o bolo. Então a dica é: olhe bastante doces e bolos. Mas só observe. Se for comer, prefira uma fruta, como maçã, kiwi, goiaba...
Viciada em malhação
Em plena segunda-feira você trabalha até tarde da noite. Mesmo assim, segue para a academia - afinal, tem que correr para se livrar da pizza do domingo. Mas engana-se quem pensa que malhar demais é bom. Numa pesquisa da Universidade da Louisiana, nos EUA, 411 mulheres com sobrepeso, obesas e sedentárias foram divididas em quatro grupos. O primeiro não praticou atividade física e os outros três fizeram esteira e bicicleta ergométrica nos níveis leve, médio e alto. As mulheres submetidas ao maior esforço perderam menos peso. Portanto, se você estiver exausta, vale mais usar a hora de treino para não fazer nada. O descanso é muito importante, especialmente para quem trabalha. E descanso é descanso mesmo: ficar de pernas para cima, alongar-se e ver TV.
Ligada no 220
Ficar nervosa com a fechada que levou no trânsito talvez seja a razão pela qual você não emagrece - o stress favorece a liberação de adrenalina e cortisol, hormônios que aumentam a fome.O equilíbrio emocional evita os ataques à geladeira e a compulsão alimentar. Numa pesquisa realizada na Nova Zelândia, 225 mulheres com o peso acima da média foram divididas em três grupos: um que praticava meditação e visualização, outro que malhava e fazia regime e um último que recebeu folhetos com informações nutricionais. As que se sentaram na posição de lótus e imaginavam que emagreceriam de verdade perderam em média 2,5 kg em dez semanas
Fonte de pesquisa: Women's Health e Lulucha
quarta-feira, fevereiro 2
terça-feira, fevereiro 1
Teclar, Comprar e Transar
Teclar, comprar, transar
Esses três atos deliciosos nem sempre são tão inocentes quanto parecem. Em excesso, eles causam uma compulsão semelhante ao do álcool e das drogas. Descubra se você anda exagerando na dose
A iminência de arrematar uma roupa com 70% de desconto nos faz subitamente precisar de um blazer pink, uma bota um número menor e um jeans — o décimo sexto do armário. Se esses arroubos de consumismo a acometem somente de vez em quando, você é uma mulher normal. Mas, se você frequentemente gasta mais do que pode, não volta para casa sem uma sacola e afoga as mágoas no shopping, é candidata a um vício do século 21: compras. À semelhança do que ocorre com álcool e drogas, esse hábito causa dependência, mesmo sem ainda ter sido classificado como doença.
Navegar na internet e buscar sexo desmedidamente produz o mesmo efeito. “Enquanto as dependências químicas já foram reconhecidas, as não químicas encontram muito menos literatura, pesquisadores e grupos dedicados a estudá-las e tratá-las”, afirma Thais Gracie Maluf, psicóloga e psicoterapeuta da equipe do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Embora se trate de um fenômeno recente, essas novas dependências apresentam inúmeros efeitos nocivos. “A dificuldade de conter impulsos por sexo, compras ou internet gera um impacto sobretudo de ordem emocional”, diz Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP. Além disso, comportamentos compulsivos prejudicam o rendimento profissional, a vida familiar, o sono e as finanças. Saiba como manter esses males longe de você.
Caiu na rede
A ideia era só aceitar o colega que a adicionou no Facebook. Mas por que não ver o que o paquera escreveu no mural??? E aproveitar para atualizar o perfil, conferir os álbuns de fotos... A conexão, que deveria durar uns minutos, avança pela noite. Que atire o primeiro mouse quem nunca passou por isso. Varar uma ou outra noite na web??? Okay. O problema é quando, no dia seguinte, numa reunião de trabalho, você fica ansiosa para recomeçar o ritual. A dependência de internet é um fenômeno recente, de proporções cada vez mais alarmantes. O problema está subestimado no Brasil, líder no tempo de conexão doméstica, com uma média de 22 horas mensais por pessoa, diz Nabuco, que há dois anos coordena o Grupo de Dependência de Internet do Instituto de Psiquiatria da USP. Ele esperava uma procura majoritária jovem e masculina, mas a realidade é outra: participam das reuniões homens e mulheres, de adolescentes a idosos, sobretudo das classes A e B. Para Nabuco, muitas horas de conexão não são necessariamente algo negativo. Não se pode ignorar, por exemplo, o sem-número de casamentos resultantes de encontros online. “Tudo depende da intensidade do uso”, diz. Quem tem depressão ou está carente corre o risco de trocar experiências da vida real por momentos na rede, onde é possível manipular a realidade. Carência afetiva pode levar a um excesso de exposição da intimidade — o que gera riscos inclusive na vida real.
Sinais de dependência
1. Você negligencia as tarefas domésticas para passar mais tempo online.
2. Seu namorado ou suas amigas se queixam da quantidade de tempo que você passa na internet.
3. Checar seus e-mails é a primeira coisa que você faz a cada dia.
4. Você tenta esconder quanto tempo está na internet.
5 Você opta por ficar online em vez de sair com outras pessoas.
6. Você se sente deprimida, mal-humorada ou nervosa quando está off-line e esse sentimento vai embora assim que você se conecta.
Como sair dessa
1. Estabeleça um número de horas de internet por dia ou um horário fixo para ficar no computador.
2. Evite trocar experiências da “vida real” por relacionamentos mediados pela internet. No telefone ou ao vivo, os interlocutores decidem juntos quando finalizar o papo. Na internet, manipula-se a realidade. Pode-se dizer que a conexão caiu para evitar uma pergunta difícil.
3. Se estiver carente ou triste, ligue para uma amiga e vá encontrá-la — é melhor do que colocar um anúncio no Facebook.
4. Procure ajuda. O trabalho do Grupo de Dependência de Internet é realizado sempre em turma — um requisito para que se respeite o compromisso de não ultrapassar certo número de horas online. Alguns casos recebem atenção individual. Mais informações no site www.dependenciadeinternet.com.br
Tão perto, tão longe
Num espaço de 140 caracteres, responde-se à pergunta “O que está acontecendo???". É senha para pessoas postarem no Twitter de sacadas espirituosas a detalhes da vida sexual. Por que isso ocorre??? Pessoas que se sentem carentes, isoladas e sem sentido podem ser alguém na internet. Além disso, a exposição dá vazão ao narcisismo exacerbado, típico das gerações atuais, em que sobra individualismo e a modéstia é sinônimo do autoboicote. Tudo bem usar a internet para vender o peixe, mas algum limite não faz mal. Além do risco de golpistas se valerem de informações para finalidades perversas, detalhes postados podem contar pontos negativos na carreira. Hoje, recrutadores costumam “dar um Google” com o nome do candidato a uma vaga. E é provável que suas chances diminuam se alguém se deparar com as fotos em que você está bêbada. Uma medida do exagero é colocar na rede fotos em trajes que você usaria em público — já que a internet é um deles. Aconselha-se também escrever coisas que possam ser lidas por colegas de trabalho. Lembre-se da máxima jurídica: tudo o que você disser pode e irá ser usado contra você.
Sacolas sem fundo
O comprar patológico tornou-se mais preocupante nos últimos anos, seja pela extensão do prejuízo financeiro que ocasiona, seja pelo número de compradores compulsivos. Uma pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas de São Paulo indicou que 3% dos brasileiros sofrem desse mal. As principais vítimas são mulheres de temperamento forte, inquietas, perfeccionistas e inteligentes. Embora ainda não seja uma patologia reconhecida pela medicina, o vício em compras está entre as dependências típicas do século 21. Suas causas são insatisfação, consumismo e necessidade de preencher a vida. Como diagnosticar a dependência??? Não há uma medida de compras que seja considerada problema. “O que caracteriza o transtorno é o modo como a pessoa se relaciona com o ato de comprar”, afirma Thais Gracie Maluf, do Proad, criado em 2004 para atender compradores patológicos. “Para compradores compulsivos, cada sacola adquirida gera uma sensação momentânea de bem-estar, um efeito da dopamina, neurotransmissor liberado no sistema límbico, que controla as emoções e o comportamento.
Sinais de dependência
1. A possibilidade de pagar com o cartão de crédito a faz comprar coisas que não levaria se tivesse que pagar à vista.
2. É fato: suas contas fecham sempre no vermelho.
3. Você mente sobre o que adquiriu ou esconde suas compras.
4. Depois da compra, ou quando a fatura do cartão chega, você se sente culpada, até por não usar o que foi arrematado.
5. Se passa um tempo sem adquirir nada, sente aquela coceirinha: fica irritada e com uma ideia fixa: comprar.
Como sair dessa
1. Saia de casa com o dinheiro mínimo necessário. Não leve talão de cheque (no máximo, uma folha) nem cartão de crédito ou de débito. Aliás, nem tenha cartão de crédito.
2. Faça mentalmente o caminho que irá percorrer. Assim, você evita desvios e passagens por lojas conhecidas.
3. Se estiver muito entusiasmada ou contente, evite passar por lojas. O mesmo vale quando estiver triste ou frustrada.
4. Procure um especialista (www.proad.unifesp.br). Pode ser necessário recorrer a sessões de psicoterapia e medicação.
5. Assuma prestações de um carro ou um imóvel. Com uma parte importante do ordenado comprometida, você terá menos margem para gastos compulsivos
Eu quero é sexo
Acredita-se que o mal atinja mais homens do que mulheres. Entre as pessoas em tratamento no Proad, 95% são do sexo masculino. “Mas é provável que haja uma demanda reprimida de mulheres que não procuram o tratamento por vergonha”, diz o psiquiatra Aderbal Vieira Jr., coordenador do Programa de Sexo Compulsivo da Unifesp. Afinal, enquanto um dependente do sexo masculino é visto como um garanhão, a do feminino, como galinha. A tendência, no entanto, é que a diferença caia à medida que essas questões socioculturais sejam superadas. Um exemplo é a participação das mulheres no consumo da pornografia. Há cinco anos, o canal de TV a cabo Sexy Hot detectou que um terço era do sexo feminino. A partir daí, investiu em programas para mulheres. Resultado: hoje 51% da audiência é formada por telespectadoras. “As mulheres estão mais liberadas sexualmente, escolhem os parceiros, se masturbam e pedem o que querem na cama”, diz Mara Pusch. O problema é quando ver filme pornô deixa de ser diversão e se torna necessidade. Do mesmo modo, a compulsão por sexo não é medida pela frequência do ato. “Há indicação de dependência quando existe sensação de perda de liberdade e o comportamento sexual acarreta prejuízo profissional, familiar ou emocional”, diz Aderbal Vieira Jr.
Sinais de dependência
1. Qualquer programa que não envolva pornografia ou sexo torna-se desinteressante para você.
2. Você não tem coragem de contar às amigas sobre seus sites preferidos ou sobre suas peripécias sexuais. O sentimento de vergonha é um sinal de alerta importante: indica que a barreira da diversão foi ultrapassada pelo vício.
3. Sua adrenalina quando você faz sexo com estranhos vai a milhão. E no dia seguinte tem o efeito rebote — deprê.
4. Você não consegue lembrar com quem nem com quantos transou no último mês.
5. A proporção de sitcoms a que você assiste é inversa à de filmes pornôs – com vitória larga da última categoria.
Como sair dessa
1. Se você consome pornografia na internet, instale um software que filtra sites adultos em seu computador.
2. Instale o computador na sala e passe menos tempo só. Combine atividades com amigas, família e namorado.
3. Procure um grupo que ofereça ajuda especializada, como o Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (www.slaa.org.br) ou o Amiti (www.amiti.com.br), ambos em São Paulo
4. Recorra à psicoterapia. Nela, você entra em contato com a área de descontentamento. Pode ser necessário remédio.
EQUILÍBRIO essa é a fórmula do sucesso, sem ele estamos perdidos.
Fonte de pesquisa; Women's Health e Lulucha
Esses três atos deliciosos nem sempre são tão inocentes quanto parecem. Em excesso, eles causam uma compulsão semelhante ao do álcool e das drogas. Descubra se você anda exagerando na dose
A iminência de arrematar uma roupa com 70% de desconto nos faz subitamente precisar de um blazer pink, uma bota um número menor e um jeans — o décimo sexto do armário. Se esses arroubos de consumismo a acometem somente de vez em quando, você é uma mulher normal. Mas, se você frequentemente gasta mais do que pode, não volta para casa sem uma sacola e afoga as mágoas no shopping, é candidata a um vício do século 21: compras. À semelhança do que ocorre com álcool e drogas, esse hábito causa dependência, mesmo sem ainda ter sido classificado como doença.
Navegar na internet e buscar sexo desmedidamente produz o mesmo efeito. “Enquanto as dependências químicas já foram reconhecidas, as não químicas encontram muito menos literatura, pesquisadores e grupos dedicados a estudá-las e tratá-las”, afirma Thais Gracie Maluf, psicóloga e psicoterapeuta da equipe do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Embora se trate de um fenômeno recente, essas novas dependências apresentam inúmeros efeitos nocivos. “A dificuldade de conter impulsos por sexo, compras ou internet gera um impacto sobretudo de ordem emocional”, diz Cristiano Nabuco, do Instituto de Psiquiatria da USP. Além disso, comportamentos compulsivos prejudicam o rendimento profissional, a vida familiar, o sono e as finanças. Saiba como manter esses males longe de você.
Caiu na rede
A ideia era só aceitar o colega que a adicionou no Facebook. Mas por que não ver o que o paquera escreveu no mural??? E aproveitar para atualizar o perfil, conferir os álbuns de fotos... A conexão, que deveria durar uns minutos, avança pela noite. Que atire o primeiro mouse quem nunca passou por isso. Varar uma ou outra noite na web??? Okay. O problema é quando, no dia seguinte, numa reunião de trabalho, você fica ansiosa para recomeçar o ritual. A dependência de internet é um fenômeno recente, de proporções cada vez mais alarmantes. O problema está subestimado no Brasil, líder no tempo de conexão doméstica, com uma média de 22 horas mensais por pessoa, diz Nabuco, que há dois anos coordena o Grupo de Dependência de Internet do Instituto de Psiquiatria da USP. Ele esperava uma procura majoritária jovem e masculina, mas a realidade é outra: participam das reuniões homens e mulheres, de adolescentes a idosos, sobretudo das classes A e B. Para Nabuco, muitas horas de conexão não são necessariamente algo negativo. Não se pode ignorar, por exemplo, o sem-número de casamentos resultantes de encontros online. “Tudo depende da intensidade do uso”, diz. Quem tem depressão ou está carente corre o risco de trocar experiências da vida real por momentos na rede, onde é possível manipular a realidade. Carência afetiva pode levar a um excesso de exposição da intimidade — o que gera riscos inclusive na vida real.
Sinais de dependência
1. Você negligencia as tarefas domésticas para passar mais tempo online.
2. Seu namorado ou suas amigas se queixam da quantidade de tempo que você passa na internet.
3. Checar seus e-mails é a primeira coisa que você faz a cada dia.
4. Você tenta esconder quanto tempo está na internet.
5 Você opta por ficar online em vez de sair com outras pessoas.
6. Você se sente deprimida, mal-humorada ou nervosa quando está off-line e esse sentimento vai embora assim que você se conecta.
Como sair dessa
1. Estabeleça um número de horas de internet por dia ou um horário fixo para ficar no computador.
2. Evite trocar experiências da “vida real” por relacionamentos mediados pela internet. No telefone ou ao vivo, os interlocutores decidem juntos quando finalizar o papo. Na internet, manipula-se a realidade. Pode-se dizer que a conexão caiu para evitar uma pergunta difícil.
3. Se estiver carente ou triste, ligue para uma amiga e vá encontrá-la — é melhor do que colocar um anúncio no Facebook.
4. Procure ajuda. O trabalho do Grupo de Dependência de Internet é realizado sempre em turma — um requisito para que se respeite o compromisso de não ultrapassar certo número de horas online. Alguns casos recebem atenção individual. Mais informações no site www.dependenciadeinternet.com.br
Tão perto, tão longe
Num espaço de 140 caracteres, responde-se à pergunta “O que está acontecendo???". É senha para pessoas postarem no Twitter de sacadas espirituosas a detalhes da vida sexual. Por que isso ocorre??? Pessoas que se sentem carentes, isoladas e sem sentido podem ser alguém na internet. Além disso, a exposição dá vazão ao narcisismo exacerbado, típico das gerações atuais, em que sobra individualismo e a modéstia é sinônimo do autoboicote. Tudo bem usar a internet para vender o peixe, mas algum limite não faz mal. Além do risco de golpistas se valerem de informações para finalidades perversas, detalhes postados podem contar pontos negativos na carreira. Hoje, recrutadores costumam “dar um Google” com o nome do candidato a uma vaga. E é provável que suas chances diminuam se alguém se deparar com as fotos em que você está bêbada. Uma medida do exagero é colocar na rede fotos em trajes que você usaria em público — já que a internet é um deles. Aconselha-se também escrever coisas que possam ser lidas por colegas de trabalho. Lembre-se da máxima jurídica: tudo o que você disser pode e irá ser usado contra você.
Sacolas sem fundo
O comprar patológico tornou-se mais preocupante nos últimos anos, seja pela extensão do prejuízo financeiro que ocasiona, seja pelo número de compradores compulsivos. Uma pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas de São Paulo indicou que 3% dos brasileiros sofrem desse mal. As principais vítimas são mulheres de temperamento forte, inquietas, perfeccionistas e inteligentes. Embora ainda não seja uma patologia reconhecida pela medicina, o vício em compras está entre as dependências típicas do século 21. Suas causas são insatisfação, consumismo e necessidade de preencher a vida. Como diagnosticar a dependência??? Não há uma medida de compras que seja considerada problema. “O que caracteriza o transtorno é o modo como a pessoa se relaciona com o ato de comprar”, afirma Thais Gracie Maluf, do Proad, criado em 2004 para atender compradores patológicos. “Para compradores compulsivos, cada sacola adquirida gera uma sensação momentânea de bem-estar, um efeito da dopamina, neurotransmissor liberado no sistema límbico, que controla as emoções e o comportamento.
Sinais de dependência
1. A possibilidade de pagar com o cartão de crédito a faz comprar coisas que não levaria se tivesse que pagar à vista.
2. É fato: suas contas fecham sempre no vermelho.
3. Você mente sobre o que adquiriu ou esconde suas compras.
4. Depois da compra, ou quando a fatura do cartão chega, você se sente culpada, até por não usar o que foi arrematado.
5. Se passa um tempo sem adquirir nada, sente aquela coceirinha: fica irritada e com uma ideia fixa: comprar.
Como sair dessa
1. Saia de casa com o dinheiro mínimo necessário. Não leve talão de cheque (no máximo, uma folha) nem cartão de crédito ou de débito. Aliás, nem tenha cartão de crédito.
2. Faça mentalmente o caminho que irá percorrer. Assim, você evita desvios e passagens por lojas conhecidas.
3. Se estiver muito entusiasmada ou contente, evite passar por lojas. O mesmo vale quando estiver triste ou frustrada.
4. Procure um especialista (www.proad.unifesp.br). Pode ser necessário recorrer a sessões de psicoterapia e medicação.
5. Assuma prestações de um carro ou um imóvel. Com uma parte importante do ordenado comprometida, você terá menos margem para gastos compulsivos
Eu quero é sexo
Acredita-se que o mal atinja mais homens do que mulheres. Entre as pessoas em tratamento no Proad, 95% são do sexo masculino. “Mas é provável que haja uma demanda reprimida de mulheres que não procuram o tratamento por vergonha”, diz o psiquiatra Aderbal Vieira Jr., coordenador do Programa de Sexo Compulsivo da Unifesp. Afinal, enquanto um dependente do sexo masculino é visto como um garanhão, a do feminino, como galinha. A tendência, no entanto, é que a diferença caia à medida que essas questões socioculturais sejam superadas. Um exemplo é a participação das mulheres no consumo da pornografia. Há cinco anos, o canal de TV a cabo Sexy Hot detectou que um terço era do sexo feminino. A partir daí, investiu em programas para mulheres. Resultado: hoje 51% da audiência é formada por telespectadoras. “As mulheres estão mais liberadas sexualmente, escolhem os parceiros, se masturbam e pedem o que querem na cama”, diz Mara Pusch. O problema é quando ver filme pornô deixa de ser diversão e se torna necessidade. Do mesmo modo, a compulsão por sexo não é medida pela frequência do ato. “Há indicação de dependência quando existe sensação de perda de liberdade e o comportamento sexual acarreta prejuízo profissional, familiar ou emocional”, diz Aderbal Vieira Jr.
Sinais de dependência
1. Qualquer programa que não envolva pornografia ou sexo torna-se desinteressante para você.
2. Você não tem coragem de contar às amigas sobre seus sites preferidos ou sobre suas peripécias sexuais. O sentimento de vergonha é um sinal de alerta importante: indica que a barreira da diversão foi ultrapassada pelo vício.
3. Sua adrenalina quando você faz sexo com estranhos vai a milhão. E no dia seguinte tem o efeito rebote — deprê.
4. Você não consegue lembrar com quem nem com quantos transou no último mês.
5. A proporção de sitcoms a que você assiste é inversa à de filmes pornôs – com vitória larga da última categoria.
Como sair dessa
1. Se você consome pornografia na internet, instale um software que filtra sites adultos em seu computador.
2. Instale o computador na sala e passe menos tempo só. Combine atividades com amigas, família e namorado.
3. Procure um grupo que ofereça ajuda especializada, como o Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (www.slaa.org.br) ou o Amiti (www.amiti.com.br), ambos em São Paulo
4. Recorra à psicoterapia. Nela, você entra em contato com a área de descontentamento. Pode ser necessário remédio.
EQUILÍBRIO essa é a fórmula do sucesso, sem ele estamos perdidos.
Fonte de pesquisa; Women's Health e Lulucha
segunda-feira, janeiro 31
Assinar:
Postagens (Atom)