Oi pessoal, aí vai a minha dica para o dia dos Namorados, Monte Verde é uma cidade linda para quem quer namorar, curtir o seu parceiro, fazer muito amor, comer comidinhas de frio, e se aconchegar em uma pousada. O ar é puro e tem vistas maravilhosas. Não é um lugar para pessoal jovem, que gosta de agito.
Monte Verde é apenas uma avenida central que leva seu próprio nome, um aeroporto um pouco mais elevado seu lado esquerdo - o mais alto do Brasil, de terra e em franco desnível, uma coleção de pousadas charmosas, escondidas entre pinheiros e araucárias e um punhado de gente alternativa, descolada, imigrante ou mineira. Mas é muito mais que isso.
Historicamente, vem sendo comparada a Campos do Jordão, outro Shangri-lá de montanha, da qual está separada por acidentados 70 e poucos quilômetros. Acareação pertinente, já que, além de ocupar a mesma serra, em altitude semelhante, as duas cidades estão praticamente à mesma distância de São Paulo (170 quilômetros), suas especialidades são trutas, fondues e lareiras e seus visitantes são andarilhos, cavalgam pangarés e adoram ver os termômetros abaixo de zero grau. O caminhar inexorável do tempo, entretanto, tem causado estragos a esse clichê montanhês.
Enquanto, provida de acesso impecável, Campos desenvolveu-se desbragadamente para o bem e para o mal, Monte Verde ainda é um vilarejo pacífico discutindo seu destino. Os que sobem a serra - e quantos o fazem! - no caminho das frenéticas baladas e dos acampamentos de consumo que Campos do Jordão oferece no inverno, vão achar Monte Verde um lugar maçante. Para os que freqüentam estância mineira, contudo, é justamente esse bulício quase metropolitano que tomou Campos um destino inaceitável, ainda que por lá corram os mesmos córregos gelados e despontem os mesmos cachos de pinhão.
Os pombinhos. Enamorados, amantes, esperançosos, renovadores de votos, recuperadores de relações, matrimônios estáveis, duplas em tentativas desesperadas de salvação. Todos vêm a Monte Verde. Quando o Sr. Monte Verde (o imigrante letão Verner Grinberg, cujo sobrenome, traduzido, deu nome ao lugar) comprou as primeiras terras dos antigos Campos de Jaguari, em 1938, para mais tarde loteá-las e criar um novo refúgio serrano, certamente não era seu plano criar um reduto tão ardente de casais românticos. Batista religioso e severo, não consta que ele tivesse alguma restrição à beleza do amor, mas é de se supor que ficasse corado com o rumo tântrico que tomou seu povoado.
As famílias, com crianças, ainda têm, é claro, seu espaço em Monte Verde, mas cresce o número e a qualidade das pousadas destinadas exclusivamente para esse tipo de público. Se, em décadas passadas, o playground e a sala-de-jogos eram equipamentos indispensáveis nas hospedarias da região, hoje o que não pode faltar são ofurôs, banheiras de hidromassagem, edredons suaves e luzes rebatidas.
2 comentários:
Que belo lugar, Pat. Ainda não tive oportunidade de conhecer, mas certamente está na minha lista.
Beijos
Olá
Eu quero ir.
bjos
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