domingo, setembro 6

Assédio Moral é Crime?

No ambiente de trabalho, as relações se intensificam. Afinal, você passa oito, nove, dez horas por dia, todos os dias, com a mesma equipe, dividindo espaços, corredores e, claro, gênios e humores.

No meio da relação de colegas de trabalho podem surgir grandes amizades. Mas, às vezes, o mesmo ambiente pode ser palco de uma violência silenciosa, sem marcas, conhecida como assédio moral.

Esse tipo de assédio surge quando um empregado é exposto a situações humilhantes ou constrangedoras, de forma repetitiva e prolongada durante o período de trabalho. Esse comportamento negativo, obviamente, contribui para a degradação do ambiente, desestabiliza a vítima e até força demissões.

Por isso, cuidado. Aquelas brincadeiras podem ser mais sérias do que você imagina. E as palavras duras do chefe podem não ser apenas hábito do exercício da subordinação. O assédio moral pode ser caracterizado por atos ou comportamentos agressivos com o objetivo de desqualificação e desmoralização profissional, desestabilizando emocionalmente o assediado. E não se confunde com a subordinação, uma vez que é direcionado, ou seja, uma ou mais pessoas são escolhidas como vítimas de quem tem a intenção de ocasionar um dano psíquico ou moral ao empregado.

Vale ressaltar que, embora a situação mais frequente de assédio moral seja aquela verificada entre o superior e seus subordinados, a mesma pode surgir com a finalidade de excluir alguém indesejado do grupo ou, até mesmo, o superior hierárquico.

As maiores vítimas do assédio moral são as mulheres casadas ou grávidas, os empregados com estabilidade e, acredite, os que atingem salários muito elevados em relação ao mercado. Adoecidos e acidentados que retornam ao trabalho também são alvos.

Os principais sintomas observados entre as vítimas do assédio moral são: desde crises de choro e dores generalizadas até insônia, depressão, diminuição da libido e sede de vingança. Aumento da pressão arterial, dor de cabeça, distúrbios digestivos, tonturas, ideia ou tentativa de suicídio, falta de apetite e de ar e até alcoolismo também são sinais de que alguma coisa não está bem no ambiente de trabalho.

O trabalhador assediado começa a perder a confiança em si, na sua competência, na sua qualidade profissional. Passa a sentir-se culpado, perde a estima de si. A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais.

Ocasionam graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade no trabalho, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.

Quem passa por isso deve sempre tentar narrar os fatos na empresa e procurar ajuda dos colegas, principalmente dos que testemunharam ou também sofreram humilhações do agressor. A vítima também deve evitar conversar com o agressor sem testemunhas. Todas as provas do assédio sofrido, tais como bilhetes e mensagens de correio eletrônico, devem ser guardadas. Isso porque, mesmo que o Brasil não tenha uma lei de âmbito nacional com o objetivo de prevenir o assédio moral e punir o assediador, é possível mover ação indenizatória e todas as evidências serão necessárias.

No Código Penal, o assédio moral é considerado crime. Portanto, não se deve ter medo, vergonha , ou esconder o fato, deve sim é falar para a empresa em que trabalha que você foi uma vítima e mostrar todas as provas guardadas. E colocar essa "nobre" pessoa na cadeia.

ASSÉDIO SEXUAL OU MORAL Para não haver dúvida, vale lembrar: assédio sexual é a abordagem, não desejada pelo outro, com intenção sexual ou insistência inoportuna de alguém em posição privilegiada e que usa dessa vantagem para obter favores sexuais de subalternos ou dependentes. O assédio sexual é crime, listado no Código Penal. O moral é toda e qualquer conduta que, intencional e frequentemente, fere a dignidade e a integridade física ou psíquica de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho.

Fonte de pesquisa: Vilamulher/Lulucha

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