Era do gelo
Uma tecnologia inovadora que elimina a frio, sem dor nem efeitos colaterais, até 22% de gordura localizada em uma única sessão, está prevista para chegar ao Brasil no segundo semestre deste ano e promete ser o hit das clínicas de estética para desbancar a lipo.
A redução é progressiva, ou seja, a pessoa não recupera as medidas que perdeu.
Melhor do que emagrecer é ser emagrecida, ainda mais se for sem dor e sem cânulas. E, neste quesito, temos o que há de melhor e mais moderno. Afinal, a tecnologia do ultrassom, com os aparelhos Ultra Cavity, Ultracontour, Ultrashape e todos os "ultra" que se tem direito, provou que cumpre o que promete, ou seja, elimina o excesso de gordura, reduz medidas e remodela o contorno corporal. Tudo sem precisar de internação, anestesia ou cortes. É o chamado "tratamento não invasivo", defendido por aquelas que preferem passar bem longe da lipoaspiração.
E como a "fila anda", agora a tecnologia do ultrassom está para se aposentar e dar espaço para a criolipólise, que destrói as células de gordura por resfriamento. "O método consiste em congelar as células de gordura durante uma hora e, com isso, promover, a partir do terceiro dia, uma reação que desencadeará a morte dessas células", diz o dermatologista Jardis Volpe, da Clínica Volpe (SP). Na prática, o processo é o seguinte: a ponteira do aparelho que tem esta tecnologia, o Zeltiq, é pressionada na área em que se quer perder medidas (detalhe importante: a ponteira existente no momento permite tratar apenas abdome e flanco), durante uma hora. O aparelho suga, literalmente, a pele para dentro de uma espécie de cone, extraindo o calor daquela área até que os níveis de gordura subcutânea congelem. Como a epiderme é mais resistente ao frio, a pele permanece intacta. Mas durante um período, enquanto ainda está congelado, o local dá a exata impressão de um "picolé" que brota do corpo. A partir do terceiro dia após a sessão, uma enzima chamada caspase entra em ação e promove a morte da célula de gordura. "A vantagem da criolipólise em relação às outras tecnologias que diminuem medidas é que, nela, a redução é progressiva, ou seja, a pessoa não recupera as medidas que perdeu", diz a dermatologista Daniela Nunes, diretoramédica da Slim Clinique (RJ).
O método foi desenvolvido pelo dermatologista norte-americano Richard Rox Andersen, que descobriu que as células adiposas são muito sensíveis ao frio. Segundo Daniela Nunes, o método já foi testado em 1.200 pessoas nos Estados Unidos e na Europa e não apresentou contraindicações, porém ainda é preciso avaliar se o resfriamento é realmente seletivo a ponto de não afetar vasos ou nervos na região. Além disso, ele não pode ser aplicado em pessoas com histórico de câncer, artrite e artrose.
Perda gradual da gordura
Durante a fase de teste, observou-se que são necessárias de duas a três sessões, com intervalos quinzenais. "O processo é indolor, havendo apenas uma sensação de resfriamento. Os resultados parecem bons, com redução de 25% de gordura em uma única sessão", comenta a dermatologista Luciana Lourenço (SP). Mesmo com essa tecnologia fantástica, o método tem lá suas desvantagens. A perda da gordura é gradual, ou seja, o resultado final aparece após 90 dias. Em compensação, os estudos realizados com o Zeltiq mostraram que mesmo engordando até 3 quilos, a pessoa não ganha de volta os centímetros perdidos. "A criolipólise tem resultados mais permanentes, mais duradouros que os outros aparelhos", aponta a especialista Daniela Nunes. Outra desvantagem é que o procedimento não é tão rápido, pois cada aplicação demora, em média, uma hora e a gordura é metabolizada pelo sistema linfático. "Embora não possam ser feitas comparações até aprovação do procedimento, ainda em fase de testes, a criolipólise promete ser mais eficaz do que outros procedimentos não invasivos, tais como os que empregam ondas de ultrassom, e mais segura do que a lipoaspiração. Além disso, os resultados são uniformes", finaliza a médica Luciana Lourenço
Eu achei muito interessante... E você?
Fonte de pesquisa: MSN
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