- O ritmo do mar era firme e paciente...
- Lembrando que este...
- Podia reclamar a terra...
- E tudo o que havia nela...
- A seu bel prazer...
- Os sinos de vento retiniam...
- Em pequenos acordes musicais...
- As flores dançavam,
- Ao ritmo do vento...
- Em fileiras de cores brilhantes.
- Os estalos das folhas...
- Das palmeiras...
- Soavam como advertências...
- As arvores apareceram...
- Enormes e juntas...
- Os galhos rasgavam o seu corpo...
- E as cortinas de musgo,
- Formavam uma barreira.
- Sentiu muito medo...
- Estava perdida...
- Completamente perdida...
- Tropeçava a todo instante nas raízes gigantescas,
- Das imensas árvores que a rodeavam.
- O vento aumentou de intensidade...
- Atingiu seu rosto,
- Como se fossem tapas,
- Violentos batendo em seu rosto.
- Folhas de palmeiras serrilhadas,
- Lançavam-se sobre a sua direção,
- Como espadas.
- Tentou correr mas não conseguia...
- Tentou abrir a imensa porta de ferro...
- Mas não tinha forças para girar a maçaneta...
- À beira do lago sujo... imundo e lamacento,
- Viu a sua imagem refletida na água,
- Mas não viu seu corpo...
- Olhou para trás e viu o seu corpo,
- Estendido em frente ao casarão...
- E então percebeu que estava morta...
- E na completa escuridão.
Lulucha
Um comentário:
Oi Malu
Linda essa poesia,cheia de mistério e de vida ao mesmo tempo.
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