quinta-feira, junho 18

O Casarão

(Esta é uma poesia de mistério, não é o meu estilo de escrever mas fiz para outra pessoa, para quem não gosta do gênero, não leia, mas ela ficou realmente linda, era para ser um presente para um blog, mas o perfil deles não é esse tipo de mistério então... aproveitem). Lulucha

  • O ritmo do mar era firme e paciente...
  • Lembrando que este...
  • Podia reclamar a terra...
  • E tudo o que havia nela...
  • A seu bel prazer...
  • Os sinos de vento retiniam...
  • Em pequenos acordes musicais...
  • As flores dançavam,
  • Ao ritmo do vento...
  • Em fileiras de cores brilhantes.
  • Os estalos das folhas...
  • Das palmeiras...
  • Soavam como advertências...
  • As arvores apareceram...
  • Enormes e juntas...
  • Os galhos rasgavam o seu corpo...
  • E as cortinas de musgo,
  • Formavam uma barreira.
  • Sentiu muito medo...
  • Estava perdida...
  • Completamente perdida...
  • Tropeçava a todo instante nas raízes gigantescas,
  • Das imensas árvores que a rodeavam.
  • O vento aumentou de intensidade...
  • Atingiu seu rosto,
  • Como se fossem tapas,
  • Violentos batendo em seu rosto.
  • Folhas de palmeiras serrilhadas,
  • Lançavam-se sobre a sua direção,
  • Como espadas.
  • Tentou correr mas não conseguia...
  • Tentou abrir a imensa porta de ferro...
  • Mas não tinha forças para girar a maçaneta...
  • À beira do lago sujo... imundo e lamacento,
  • Viu a sua imagem refletida na água,
  • Mas não viu seu corpo...
  • Olhou para trás e viu o seu corpo,
  • Estendido em frente ao casarão...
  • E então percebeu que estava morta...
  • E na completa escuridão.

Lulucha

Um comentário:

Debora Gimenes disse...

Oi Malu
Linda essa poesia,cheia de mistério e de vida ao mesmo tempo.

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