- Homenagem ao Dia da Poesia:
E nem será paixão, será o gosto...
Do sentir excessivo e prolongado...
O gosto da emoção...
Que a mim me livra...
De um tédio natural e consumado...
Revejo a minha vida a cada passo...
Quando a viví realmente como minha?
Nunca soube o que quis...
Sempre era-me pouco tudo que tinha...
Era-me pouco tudo o que podia...
Era-me pouco tudo o que alcançava...
Sempre quis mais...
Como uma sede muito grande...
Uma sede inconfessada...
Sede visível mais até do que um diamante...
E que me leva a quê?
A um ser transfigurado...
Pois assim é amar...
E porque é fatal que se ame...
E essa é toda a liberdade...
Senão toda...
A maior que me concedo...
De: Marly de Oliveira, adaptada por Lulucha
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