O transtorno de personalidade múltipla ou dupla personalidade envolve um transtorno dissociativo onde o individuo adota duas ou mais personalidades distintas.
Cada personalidade funciona como uma unidade totalmente distinta, integrada com seus conteúdos, formando um complexo com memórias, padrões de comportamentos e relacionamentos sociais. Cada personalidade criada pelo indivíduo tem a sua própria vida, e não interfere em nada com o que acontece com as outras personalidades. Por exemplo, uma pessoa com várias personalidades, pode ser um assassino ou um trabalhador normal ou pode até possuir uma família e ser uma pessoa totalmente "normal". Podendo inclusive, falar duas ou mais línguas diferentes, sem saber.
A transição de uma personalidade para outra ocorre de forma repentina e inesperada, fazendo com que o indivíduo e as pessoas que convivem com ele percebam a diferença de postura, de trato e de atitudes pela mudança brusca destas funções.
Muitas vezes a pessoa que desenvolve esse transtorno é reforçada pelos familiares, amigos e outras pessoas como alguém paranormal, com poderes mediúnicos o que faz com que não busquem ajuda agravando ainda mais o problema. Esse problema só é percebido a partir dos 18 anos quando a personalidade já está formada.
Ao contrário do que poderia parecer, este transtorno nada tem a ver com os transtornos de personalidade, está classificado entre os transtornos dissociativos porque existem várias personalidades dentro de uma só pessoa e essas personalidades não são necessariamente patológicas. No transtorno de personalidade não há amnésias, mas uma conduta rotineiramente inadaptada socialmente.
O aspecto essencial da personalidade múltipla é a existência de duas ou mais personalidades distintas dentro de um indivíduo, com apenas uma delas evidenciando-se a cada momento. Cada personalidade é completa, com suas próprias memórias, comportamento e gostos de forma bastante elaborada e complexa. As personalidades são bastante independentes umas das outras sendo possível inclusive terem comportamentos opostos, por exemplo, uma sendo sexualmente promíscua e outra recatada. Em alguns casos há completo bloqueio de memória entre as personalidades, noutros casos há conhecimento podendo gerar rivalidades ou fraternidades. O observador externo que só conheça uma das personalidades não notará nada de anormal com esta pessoa. As personalidades podem ser do sexo oposto, ter idades diferentes e até de outras raças.
O primeiro episódio de mudança de personalidade pode ser precedido de um evento forte como uma tragédia. Com o passar do tempo essa pessoa pode continuar tendo as "viradas" na personalidade sem fatores precipitantes. A mudança de uma personalidade para outra pode ser súbita ou ocorrer numa espécie de período confusional transitório, pode acontecer durante uma sessão de relaxamento ou de psicoterapia.
Nada se sabe a respeito das causas desse transtorno, mas admite-se que é mais freqüente do que se suspeitava antigamente. Atualmente as psicoterapias são as únicas formas de abordagem dos casos. Não há uma medicação eficaz.
Alguns exemplos de Transtornos de Personalidades Múltiplas:
"Transtorno de Personalidade Anti-Social"
"Transtorno de Personalidade Borderline (Limítrofe)"
"Transtorno de Personalidade Paranóide"
"Transtorno de Personalidade Dependente"
"Transtorno de Personalidade Esquizóide"
"Transtorno de Personalidade Ansiosa (evitação)"
"Transtorno de Personalidade Histriônica"
"Transtorno de Personalidade Obsessiva (anancástica)"
E mais "N" outros tipos...
Como é o relacionamento afetivo dessas pessoas???
Essas pessoas vivem seus relacionamentos: inicialmente se apaixonam, são capazes de qualquer coisa (qualquer coisa mesmo) para ficar com o ser amado, brigam, xingam, quebram coisas, agridem o outro ou a si mesmos caso se sintam abandonadas. Depois não querem ver o ex-ser amado nem pintado, pois “a fila já andou”. A falta de noção de si mesmo pode levar a indefinição sexual e profissional, com dificuldade de assumir papéis adultos e estabilizar a vida. O comportamento autodestrutivo, tanto nas tentativas de suicídio, como no consumo de drogas ou álcool, promiscuidade sexual, direção perigosa, comprar ou comer compulsivamente levam a sucessivas perdas, inclusive da própria saúde física. Muitas pessoas apresentam patologias orgânicas decorrentes destes comportamentos e, em função desta instabilidade têm muita dificuldade em seguir o tratamento de forma adequada.
Nossa sociedade “voyerista” consome vorazmente os escândalos que pessoas com esse Transtorno de Personalidade provocam. Mas se lembrou alguém que você conhece de perto e certamente o incomoda com seu “jeito estúpido de amar e exigir ser amada”, tenha compaixão. Além de causar sofrimento essas pessoas sofrem também.
O tratamento é complexo, pode demandar o trabalho de mais de um profissional, com várias abordagens ( psicofarmacoterapia, psicoterapia, terapia ocupacional, terapia familiar, etc) mas é possível e pode trazer importante melhora na qualidade de vida das pessoas acometidas.
Fontes de pesquisa: Psicosites/Psicologiananet e Lulucha
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