Olá pessoal, este é um artigo que eu lí no site HSW, é um pouco longo mas deve ser lido por todos, pois somos exatamente assim, tudo o que está escrito neste artigo é a mais pura realidade, um pouco engraçada até, mas é como nós, seres humanos, pensamos e agimos hoje em dia. Não deixe de ler. Aliás, aí vai uma perguntinha: VOCÊ SE ACHA... NEURÓTICO?
O que será então da auto-análise?
Nada mais do que um ingrediente da auto-ajuda. Talvez seja o ingrediente mais difícil. Aquele menos possível de ler..., mas não o menos importante.
É muito claro que a auto-análise vai mexer com as minhas neuroses. E neurose é coisa que ninguém tem!
A personalidade neurótica, em nossos dias, é composta por milhões de pessoas nas quais nenhum de nós está incluído.
Neurótico sempre é o meu vizinho! Eu até posso sofrer do fígado porque bebo demais, mas lá neurótico eu não sou não! E por que eu bebo?...
Eu posso ter as artérias bloqueadas por um forte desregramento alimentar, mas lá neurótico eu não sou não! E por que eu como demais?...
Eu posso tudo...! O que não posso é ser neurótico, tuberculoso ou aidético.
E por que eu posso ser uma coisa e não ser outra? É porque as sociedades decidiram execrar algumas doenças e serem mais liberais com outras.
As neuroses de uns e de outros vão formando um tecido emaranhado que por sí só se sustenta...
... e não custa reconhecer, que os profetas e os filósofos também tinham lá as suas neuroses! Não seria difícil reconhecer os diferentes traços em suas personalidades.
Se induzirem que a auto-análise, a serviço da auto-ajuda, tem limitações, pode-se dizer com toda a certeza que sim.
Existe alguma coisa na vida que não tenha limitações?
As limitações humanas são bem reconhecidas quando nos dispomos a viver: elas são a própria vida!
E, hoje, a fragilidade humana fica cada vez mais nítida frente às altas tecnologias.
Ora, por um lado nós nivelamos potenciais e pelo outro provocamos conflitos com os quais não estaríamos aptos a nos defrontar.
Desse jeito, se acentua uma cratera de ansiedade entre a parte do homem que deseja acesso ao progresso e a outra parte que não tem estrutura emocional para tamanho salto.
Com as bombas inteligentes as batalhas não têm mais rosto!...
Hoje, as mudanças tecnológicas e a inteligência artificial são vorazes. Já não deixam mais ao homem saber o que seria ou não bom para ele . Os neurônios expostos não suportam a velocidade dos bits.
O homem atual está encurralado entre os megabits e as simplicidades do seu prazer. A ansiedade cancerígena lhe joga na impotência! Ele não opera mais perto do seu próprio corpo.
Os seus desejos são absolutamente desiguais das suas possibilidades. Em algum tempo destes se reconhecerá que a maior razão (desde AMOR e OCUPAÇÃO) será atenuar a crueldade com que passamos ao largo da nossa paz interior.
Temos que aprender a redigir, dentro de nós, um novo discurso: ganhar dinheiro não pode nos levar a perder a chance de viver as coisas mais simples que se vivem sem ele.
Muitos de nós já estamos com a mente fora do próprio corpo.
Aí, para que tudo se componha, precisamos desesperadamente ser sócios de religiões-negócio ou as chamadas seitas-negócio: Os milagres aqui e agora já se podem pagar em 10 vezes no cartão de crédito.
Ninguém tem mais condições emocionais de esperar um milagre de efeitos longínquos.
Ninguém mais tem forças sobrando para se responsabilizar por si mesmo no habitat que lhe envolve..., até porque até o ESTADO já caiu fora das suas responsabilidades sociais.
É exatamente aí que as Seitas conseguem converter merda num próspero negócio. Nessas religiões as pessoas perdem o interesse pela sua própria individualidade.
Não suportam mais o risco de viver as suas próprias vidas. Vestem juntos pensamentos iguais porque os temores são iguais.
Então, é esse coletivo obsceno que trás a segurança que a individualidade não trouxe. O dízimo é a cota que se paga pelo clube de defesa.
Então, as pessoas pobres aos bandos se transformam em corpos esfarrapados sem cabeça...
A minha tese defende que a auto-análise apoiada pelo AMOR e OCUPAÇÃO nos assenta cada vez mais num novo porto, onde os relógios não precisam ser atrasados para nos darem a falsa impressão da solução.
... A solução está em mim e acaba em mim. A constelação onde eu vou colocar a minha estrela depende de mim. Eu não posso chutar a responsabilidade que me pertence para outrem ou pra Deus. Não existe determinismo que suporte o meu desleixo...
Existe no ar uma cada vez maior fragilidade pela velocidade dos megabits, pelas TI, por sermos reprimidos e repressores, pela concentração urbana, pelo stress (a doença do século XXI...).
A esta altura todos somos vítimas e algozes. Nós absorvemos e transferimos: precisamos de inocentes frágeis.
O que é então uma neurose?
De maneira simples, é uma cicatriz emocional mal curada.
É igual a um resfriado recolhido. Assim nos dizia a nossa avó: - Olhem que um resfriado mal curado, mata!
Andar na chuva então... nem pensar!
Como essa, existem milhares de pequenas feridas que cicratizam por fora, mas permanecem vivas por dentro.
Se, pelo contrário, alguém abordasse essa situação de uma maneira sadia você descobriria que correr na chuva revitaliza a sua circulação. O que não pode é deixar esfriar o corpo sob as vestes molhadas...
Aí, a sua avó passaria a não ter crédito com suas preocupações fúnebres.
Então, como resultado dos nossos medos, fobias, neuroses, nós todos tendemos a despotencializar o mundo, que nos fica em volta, para o ajustarmos às nossas limitações...
... Nada de mexer nas paredes que os medos, as fobias, neuroses, etc, construíram.
É melhor equilibrarmos o circo dentro da nossa calamidade pública.
Assim, ao invés de potencializarmos: limitamos.
Os desmedidamente medrosos sempre acham que é mais fácil assegurar um pequeno mundo velho, do que construir um mundo novo... Nada de abrir as janelas para uma nova luz emocional!
Então, a solução de cada um de nós passa por essa resolução das coisas recolhidas ou mal resolvidas.
Aos poucos, a nossa emocionalidade mais equilibrada retornará e os novos tecidos psíquicos, idem...
Teremos que buscar as oportunidades de nos reemocionarmos, pois as raízes da maior parte dos nossos traumas ou das nossas neuroses se localizam no tempo em que éramos frágeis de informações isentas.
Não tínhamos ferramentas pessoais disponíveis para contrapormos os paradigmas e os medos que nos eram impostos.
O homem, hoje, está abrindo espaços com os seus cotovelos... e, essa situação, vai provocando cada vez mais conflitos nos outros. Aí, cada um vai gerar a sua própria cota alta de venenos emocionais...
... uma constante guerra e paz! E o resultado é uma emocionalidade humana em farrapos: eu transfiro para você tudo aquilo com que me violentaram.
A opinião: o auto-esforço para uma auto-análise deve se tornar um investimento pessoal como outro qualquer. Tudo custa um preço de persistência, tempo e opções. Não seria diferente.
E nós não podemos desenhar apenas moldes racionais do que bem-queremos para nós. Querer? Eu também quero...
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