Depois de um habitual dia infernal de trabalho, estudo, filhos, marido, contas, uma caminha forradinha, cheirosinha e macia é a mais perfeita tradução do oásis. Mas, quem dera fosse sempre fácil deitar, dormir e descansar. Relações conturbadas com Morfeu prejudicam a saúde da mente e do corpo e as mulheres sabem bem disso. Segundo uma pesquisa da Unifesp, só em São Paulo, cerca de 35% delas sofrem de insônia. E, por isso, não entendem-se apenas noites em claro. Para que o sono cumpra o seu papel, ele precisa ser pleno e saber o seu lugar: de noite, na cama.Todo mundo sabe os principais efeitos de uma madrugada maldormida.
"É durante o sono que ocorrem processos fundamentais para a manutenção e o desenvolvimento do organismo, como a liberação dos hormônios do crescimento, equilíbrio emocional, aprendizado, memorização. Por isso, quando não dormimos direito temos dificuldade de concentração, de atenção, comprometimento da memória e redução no desempenho geral", enumera a neurologista Dalva Poyares, do Laboratório de Sono da Unifesp. Além disso, a falta de sono acarreta um desequilíbrio endócrino e metabólico e isso pode influir até na balança. "Ocorre um desequilíbrio nos níveis de colesterol e de triglicérides, então uma pessoa que sofre de insônia pode até emagrecer ou engordar demais", acrescenta o psicofarmacologista Eduardo Campana.
Existem diversas causas para o problema, inclusive orgânicas. Dessas, a mais comum é a apnéia do sono, que são paradas respiratórias que acontecem enquanto a pessoa dorme Dificuldade para pegar no sono, excesso de vigília, acordando de tempos em tempos durante a noite, ou despertar cedo demais, contra a própria vontade também são características da insônia, que não é uma doença e, sim, um sintoma. "Existem diversas causas para o problema, inclusive orgânicas. Dessas, a mais comum é a apnéia do sono, que são paradas respiratórias que acontecem enquanto a pessoa dorme, causando um relaxamento excessivo da faringe. Mas existem outros fatores como hipertensão, doenças coronarianas, distúrbios reumatológicos", enumera a pneumologista Anamélia Costa Faria, do Sleep - Laboratório de Estudos do Sono, no Rio de Janeiro. Com a idade, o sono também tende a piorar, em função de problemas de ordem respiratória ou emocional, como a depressão.
Entre os homens, a fraqueza dos músculos e o aumento de peso tornam a apnéia e o ronco mais comuns. "Já as mulheres têm uma proteção hormonal e só vão sofrer com isso depois da menopausa", explica a Dra. Dalva. Nessa fase, a ansiedade e a depressão são as grandes vilãs das madrugadas.
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