1. Qual é a droga mais difícil de largar?
Não depende só da substância consumida, mas também do usuário. Pode ser tão difícil para um fumante quanto para um dependente em heroína. O que vai fazer diferença é a força de vontade de cada um.
2. Quem começa a usar drogas mais cedo tem mais chance de se tornar dependente?
Crianças e adolescentes que experimentam cigarro e álcool estão mais vulneráveis ao consumo de drogas mais pesadas. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia concluiu que 47% dos adultos que haviam começado a beber antes dos 14 anos tornaram-se dependentes. O porcentual cai para 9% entre os que iniciaram o consumo a partir dos 21 anos. No Brasil, o dado alarmante é que a iniciação ocorre cada vez mais cedo. Hoje, as crianças começam a beber aos 12 anos e meio. Nos anos 1990, dava-se o primeiro gole aos 14 anos.
3. Qual é a pior síndrome de abstinência?
Em geral, os dependentes em álcool e opiáceos, como heroína e morfina, anfetaminas, sofrem mais. Os primeiros dez dias de abstinência, considerada fase aguda, são os piores. Para alguns pacientes, diminuir o consumo aos poucos pode ser mais adequado. Outros adaptam-se de forma melhor à interrupção abrupta.
4. Qual vício é pior, em heroína ou crack?
Depende da pureza da substância e da dose consumida. Mas, em geral, os efeitos do crack são piores. Seus dependentes sofrem risco de enfarte e acidente vascular cerebral.
5. É verdade que ecstasy e LSD não viciam?
Estima-se que um em cada 20 consumidores de alucinógenos torne-se dependente. É relativamente pouco, se comparado a outras drogas. O LSD, por sua alta capacidade de tolerância, perde os efeitos se usado continuamente por dois ou três dias. Há dois perigos principais na sua ingestão: o risco de acidentes, potencializados pela alteração na capacidade de discernimento e pela perda de noção de tempo e espaço, e indução de surto psicótico, registrados em até 2% dos casos. Os estudos relativos ao ecstasy ainda são recentes, mas começa-se a registrar casos de dependência.
6. Qual droga que vicia mais?
O crack e a heroína são as substâncias com maior capacidade de dependência.
7. Existe overdose de ecstasy?
Sim, há relatos de morte por aquecimento excessivo do corpo e desidratação. Uma pessoa pode morrer, mesmo que tenha usado uma única vez.
8. O que a dependência em maconha pode causar?
Uma série de problemas. Ela pode precipitar crises em quem sofre de doenças psiquiátricas. Seu uso dilata os vasos sanguíneos e acelera os batimentos cardíacos. Pesquisas constataram que usuários têm quantidade de espermatozóides reduzida, em casos de consumo prolongado. Apesar de não atingir a maioria dos usuários, os sintomas de abstinência são irritabilidade, insônia, dor de cabeça e nervosismo. E muito cuidado para não misturar maconha com cocaína, essa mistura é morte quase certa.
9. Maconha Vicia?
Calcula-se que um em cada dez fumantes desenvolve dependência. É menos da metade das taxas de cigarro e quase equivalente ao índice de álcool. Há um perfil de risco para dependência: em geral, é jovem e ansioso, com tendências depressivas. Nos últimos 40 anos, em função de cruzamentos genéticos, a maconha ganhou variantes mais potentes - e perigosas. O skank, por exemplo, tem até cinco vezes mais concentração de THC, a substância ativa que proporciona os efeitos mentais.
10. Existe algum tipo de pessoa mais propenso a se viciar em remédios?
Qualquer um pode ficar dependente, mas os hipocondríacos estão um passo adiante. Por se julgarem sempre doentes, ficam mais vulneráveis ao consumo excessivo de medicamentos. Eles acompanham as novidades da indústria farmacêutica, sabem de cor bulas de remédios e adoram sair diagnosticando doenças nos outros. Calcula-se que cerca de 5% dos pacientes atendidos em hospitais e clínicas enquadrem-se nesse perfil.
11. Quais são os remédios que mais viciam?
Os casos mais comuns estão relacionados aos calmantes e às anfetaminas, usadas como moderadores de apetite. Na falta deles, os viciados chegam a sentir taquicardia e tremores. Entre os dependentes de anfetaminas, há relatos de surtos psicóticos.
12. O que são anfetaminas?
As anfetaminas são drogas sintéticas produzidas pela indústria farmacêutica e por laboratórios ilegais. A família das anfetaminas está inserida na classe de drogas conhecidas como estimulantes.
Essas drogas aceleram a atividade cerebral e do sistema nervoso central e produzem efeitos similares aos da adrenalina (hormônio produzido pelo organismo).
As anfetaminas foram sintetizadas na década de 1920, como descongestionantes nasais e para tratar obesidade e depressão. Durante a Segunda Guerra Mundial e as guerras da Coréia e do Vietnã, os soldados de ambos os lados recebiam anfetaminas para se manterem acordados, terem mais energia e menos apetite. Atualmente, seu uso terapêutico inclui tratamento da narcolepsia (episódios incontroláveis de sono), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e Parkinson.
13. Existe tratamento para se livrar da dependência de anfetaminas?
Não existe medicamento específico para tratar a dependência de anfetamina. Podem ser usados antidepressivos para combater a depressão que surge como efeito da abstinência.
O tratamento mais recorrente é a intervenção psicológica cognitivo-comportamental, que modifica a maneira de pensar do paciente, suas expectativas e comportamento. Aliás, gostaria de abrir um parênteses aqui, a anfetamina não só modifica o modo de pensar do paciente, como também faz com que o usuário faça coisas que não se lembrará futuramente, coisas do tipo: ficar extremamente arrogante, estúpido, agressivo, negligente para com os outros e irritabilidade por qualquer motivo.O usuário torna-se uma pessoa insuportável, sem paciência para nada. Para emagrecer não existe coisa melhor, só que a pessoa vira uma magra neurótica. Em muitos casos, o usuário vira um alcoólatra também, pois a anfetamina dá vontade de beber, e com isso a pessoa não dorme à não ser com calmantes fortes.Tornando assim um círculo vicioso péssimo.
De forma genérica, abordagens psicossociais são indicadas. Além destas e de grupos de auto-ajuda, é fundamental a avaliação de um psiquiatra. Além da alta taxa de co-morbidade com outras patologias psiquiátricas - que encontramos em todos os dependentes químicos-, no caso das anfetaminas, é muito freqüente a co-ocorrência de transtornos alimentares (anorexia, bulimia e compulsão alimentar periódica). Muitas vezes, eles são a patologia principal, sendo a dependência de anfetamina secundária ao transtorno alimentar. Casos assim devem ser tratados com acompanhamento psiquiátrico, nutricional e abordagens psicossociais.
O abstinência dessas drogas são semelhantes às da cocaina, suores,taquicardia, vontade de se matar, síndrome do pânico, e outras coisas mais...
14. O que o consumo excessivo de calmantes pode causar?
Quando são consumidos continuamente por alguns meses, os tranqüilizantes podem levar à dependência. Nessa situação, a falta do remédio causa efeitos inversos. Sem a droga, o usuário sente irritação, insônia, dor e sudorese. Casos extremos podem levar a crises de convulsão. Prescrito indiscriminadamente, calcula-se que esse tipo de remédio seja consumido, regular ou esporadicamente, por cerca de 10% da população adulta dos países desenvolvidos.
Vale lembrar que todos e quaisquer remédios tomados diárimente viciam, você sabia que se tomar Tylenol ou Anador ou qualquer anti-térmico todos os dias, também o torna um viciado???
Fonte de pesquisa: Revista Galileu e Lulucha
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