Atualmente, muitas são as formas de se relacionar. Com tantos ganhos tecnológicos, distâncias encurtaram e aproximações se tornaram mais variadas e possíveis. Encontrar e reencontrar amigos, conhecer novas pessoas, conversar com parentes distantes, manter namoros e amizades à distância. Tudo isso se torna cada dia mais fácil, possível e acessível. A tecnologia avança rápido e com ela o futuro também, possibilidades se ampliam em meio a tantas ferramentas virtuais. É, sem dúvida, uma marca dos tempos atuais, praticamente tudo ao alcance de um teclado.
Muitos são os ganhos nessa nova forma de se viver, sem dúvida a tecnologia tem seu encanto, mas como tudo possui prós e contras, ela também possuirá os seus. Ao passo que aproxima, facilita e acelera tantos aspectos da vida, ao mesmo tempo ela também pode superficializar, distanciar , reduzir vivências e simplificar demais as relações. O ser humano é acima de tudo um ser de relações, e é a partir delas que se contrói, se forma, se conhece e reconhece como tal. A partir do momento em que se faz um uso exagerado das salas de bate papo, dos chats, dos programas de computador, desumanizamos as relações, correndo o sério risco de torná-las tão descartáveis quanto os aparelhos tecnológicos que usamos.
Isso acontece principalmente em sites de relacionamento, por exemplo, colocam-se vários critérios para definir como cada um é e o perfil que procura, essa pode ser uma boa ferramenta, pois podemos dizer que também na vida todos possuem suas peneiras. Ordem demais e critérios em exagero podem ser muito danosos a longo prazo pois rouba a oportunidade de se conhecer uma pessoa interessante que inicialmente não se encaixaria nos criterios de escolha mas que posteriormente poderia mostrar outras características interessantes, tão ou mais encantadoras, e das quais jamais se saberia a respeito se continuasse presa a critérios rigidos.
Outro coisa que desumaniza a relação por meios virtuais é o de tratar quem está do outro lado do computador de forma parecida de tratar uma máquina, desconsiderando seus sentimentos, anseios e emoções. Também podemos dizer que é algo bastante habitual e que se repete dia a dia. É comum vermos pessoas serem conectadas e desconectadas como quem liga e desliga um aparelho, hoje ela me interessa, amanhã não mais. Se formos um pouco mais além o que assistimos, infelizmente, são pessoas transportando para o dia a dia esse mesmo comportamento virtual, como se relações fossem descartáveis e sem significado. Não se pode nunca esquecer que apesar de existir uma máquina mediando uma conversa, um bate papo, existem por trás daquela máquina duas pessoas, duas subjetividades que sentem, vivem, respiram, acordam, dormem, estudam, trabalham como qualquer outro ser humano.
Enfim tudo isso é para dizer que seres humanos sempre serão seres humanos, com suas peculiaridades, características, defeitos, qualidades e necessidades. É fundamental não se esquecer disso na hora que se conversa com alguém, ainda e principalmente por meios virtuais, pois uma vez que toda essa tecnologia foi criada pelos próprios seres humanos podemos dizer que é virtual apenas parcialmente, é e sempre será em grande parte real e concreta, a tecnologia nada mais é que um produto humano fruto de sua curiosidade, inteligência, capacidade, habilidade e necessidade. Necessidade sim, pois criar formas de reencontrar amigos, conhecer outros novos, reduzir distâncias nada mais é do que o desejo humano de se estar junto, de se relacionar, de sentir menos solidão, menos falta e mais proximidade de seus pares.
Fonte de pesquisa: Minha Vida e Lulucha
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