Inchaço, vermelhidão e coceira são sintomas da alergia alimentar Inchaço ao redor dos olhos, na boca, vermelhidão pelo corpo e coceira são alguns dos sintomas de alergia alimentar. Para muitas pessoas comer chocolate, pizza, camarão ou amendoim é uma situação normal, mas para outras a ingestão de determinados alimentos podem trazer graves conseqüências. Segundo Thaiz Mattos Sureira, mestre em ciências da nutrição da UniABC, há dois tipos de alergias.
“A primeira a pessoa ingere o alimento e os sintomas surgem em minutos, porém, no segundo tipo a ingestão crônica de determinado alimento pode levar ao inchaço de diversas partes do corpo”, explica a nutricionista.
A nutricionista também conta, que qualquer ingrediente pode provocar reação alérgica, mas a substância capaz de desencadear alergia na maior parte dos casos é uma proteína que recebe o nome de alergênico ou alérgeno. Porém, os casos estão mais relacionados a ingestão de leite e o glútem presente na farinha de trigo, e a soja também pode causar alergia em determinadas pessoas.
“Os sintomas podem surgir em diversas situações no primeiro caso a pessoa pode apresentar asfixia e eruptação na pele. Já no segundo, problemas respiratórios, artrite e outras doenças crônicas”, afirma Thaiz Sureira.
Para Fernanda Alozem, “a alergia começou quando tinha 10 anos e ataca em tempos determinados. A crise mais forte que tive foi quando percebi vermelhidão e inchaço no pescoço e nos braços. Tomei o remédio assim como de costume, mas não adiantou. Ao acordar, no meio da noite, eu estava com vários vergões no corpo inteiro, os dois lábios da boca e os olhos inchados, e com uma sensação horrível de coceira. Não pude ir trabalhar, pois a crise foi tão forte que demorou quase o dia todo para voltar ao normal. Passei com o médico e estava até de óculos com vergonha dos sintomas. O próprio médico se espantou ao ver minha situação”, relata Fernanda.
Um dos fatores de risco para alergia alimentar são: “uma alimentação pouco variada, consumo excessivo de algum alimento, mastigação rápida e obstipação (prisão de ventre)”, afirma Thaiz Sureira. Ao reconhecer determinada substância como agressiva, o sistema imunológico fabrica anticorpos que ficam presentes nas células, ou seja, “o organismo não reconhece a substância alimentar ingerida ou mal digerida e mobiliza o sistema imunológico para destruir tal agente”, explica a nutricionista.
Este tipo de alergia atinge tanto pessoas adultas como crianças na mesma proporção, mas nas crianças os sintomas são ainda mais fortes. A aeromoça Tatiane Fernandes, 29, moradora de Santo André, é um exemplo deste caso. Há pouco tempo se tornou comissária de bordo e trocou uma alimentação caseira por diversas culinárias regionais. O resultado é que em menos de um mês, Tatiane teve um crise alérgica dentro do avião quando estava trabalhando. “Minha úvula (“sininho da garganta”) começou a inchar cada vez mais, isso fez com que eu ficasse com falta de ar. A minha sorte é que estávamos chegando em São Paulo e fui correndo ao médico. Tomei uma injeção que fez o efeito da alergia diminuir. O que me deixou mais preocupada foram as palavras do médico que se eu não tivesse procurado logo um hospital poderia ter uma parada respiratória”, ressalta Tatiane.
A aeromoça explicou que fez um diagnóstico e que o motivo da sua alergia foi ter comido bacalhau em excesso. “Fui a um rodízio de frutos do mar quando estava no Nordeste. Mas nunca iria imaginar que fosse isso”, argumenta Tatiane. O diagnóstico da alergia alimentar baseia-se na identificação de alimentos suspeitos no qual “nutricionalmente pode-se fazer testes de dosagem IgE e IgG para saber a quantidade de anticorpos presentes na corrente sanguínea e como parte do tratamento é necessária a retirada dos alimentos que podem estar causando alergia. Esta medida pode ser para sempre ou só por um período de desintoxicação”, afirma a nutricionista.
Para a dermatologista Denise Steiner, o diagnóstico da alergia alimentar deve ser feito pela pele. “O que existe é um exame de sangue que observa se você tem maior reatividade para certos alimentos. Porém a cura é inexistente, a única maneira da alergia não se manifestar é se afastando do alimento que a provoca”, explica a doutora.
As alergias ainda são um mistério para a medicina. Especialistas afirmam que em alguns pacientes elas desaparecem espontaneamente. Para a Dra. Denise Steiner os fatores emocionais podem sim influenciar, “quando existe muito estresse a alergia consequentemente fica mais forte”, ressalta. Nos restantes dos casos, a solução é evitar o alimento e em situações mais grave basta a pessoa sentir o cheiro da comida que contém o agente alergênico para apresentar os sintomas de crises.
“A alergia ataca em tempos determinados. Dessa forma, fico sem comer neste período, o que dura alguns meses. Às vezes dou uma escapadinha e como o que não devia quando estou com muita vontade, logo me arrependo ao perceber a presença de leves sintomas. Mas no geral, evito comer esses alimentos”, diz Tatiane Fernandes. O tratamento consiste na desintoxicação do alimento responsável pela alergia. O consumo temporário, para sempre ou em pequenas quantidades irá depender de cada paciente.
Já Fernanda Alozem comenta que “hoje a maneiras muito eficazes de combate e controle de vários sintomas de alergia. Foi graças ao meu médico que minha alergia hoje está mais equilibrada e mais fraca. Os testes costumam ficar prontos em 20 minutos e a partir daí já se sabe exatamente quais são os agravantes. Apesar disso, acredito muito que os sintomas alérgicos surgem do emocional, e para tanto é preciso um tratamento homeopático em paralelo com o tratamento médico tradicional. No meu caso, apesar de estar mais tranqüila quero procurar esse tipo de ajuda para evitar que a alergia volte a se manifestar outras vezes”. Fonte de pesquisa: Universidade Metodista de SP;
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