NA ROTINA DIÁRIA, nosso organismo e nossa mente são bombardeados por uma série de agressões. Estresse, alimentação inadequada, pensamentos pessimistas, sobrecarga de tarefas e até mesmo ondas eletromagnéticas emanadas por aparelhos eletrônicos vão minando nossa energia vital sem ao menos nos darmos conta.
O corpo tenta fazer sua parte, emitindo sinais de alerta, muitas vezes, ignorados.
Cansaço excessivo, sonolência, insônia e enjôos são os primeiros indicadores da desvitalização energética, terreno ideal para o florescimento das doenças. Depois, é comum o quadro se agravar.
Quem já não teve a sensação de que as emoções parecem estar impregnadas na musculatura, que a energia parece ficar represada, criando uma espécie de couraça em volta do corpo? Mas como romper essa barreira e repor a energia perdida? É para isso que serve a análise bioenergética, um ramo da psicoterapia que faz uso de exercícios de respiração, simulação de choro, toques e conversa para trabalhar as emoções e o corpo.
A origem da técnica
Na virada do século 19 para o 20, um novo método terapêutico conhecido como “terapia através da conversa” pintou com cores suaves e humanas o cenário da psiquiatria, até então, assombrado pela rotina dos choques elétricos.
Pela primeira vez na história a comunicação verbal passou a ser utilizada como remédio para aliviar as aflições da alma. O pioneiro da técnica revolucionária foi o médico austríaco Josef Breuer (1842-1925), mentor do jovem Sigmund Freud (1856-1939), que anos mais tarde se tornaria o Pai da Psicanálise a partir da descoberta do inconsciente.Freud reuniu uma legião de seguidores, entre os quais, Wilhelm Reich (1897-1957). Cientista natural, o médico austríaco Reich rompeu com a psicanálise depois de descobrir que o histórico de cada indivíduo estava gravada no corpo. O passo seguinte foi introduzir a expressão corporal como eixo do processo terapêutico.
Sob tal perspectiva, as palavras mascaram nossos sentimentos mais profundos, enquanto o físico denuncia o que tentamos esconder. “Se deixarmos o ser humano falar qualquer coisa, descobriremos que seu discurso o distanciará dos problemas. Assim que a pessoa pára de falar, a expressão corporal da emoção torna-se claramente visível”, dizia Reich.Suas pesquisas realizadas na década de 40 levaram à formulação do conceito de couraça muscular, segundo o qual os sentimentos reprimidos ocasionam rigidez na musculatura, que, por sua vez, se torna um foco de energia represada. Essa seria a origem das doenças.
Somente quando a inflexibilidade muscular é dissolvida, a energia é liberada e o corpo recupera sua plenitude. Por meio de exercícios respiratórios, Reich promovia a libertação de emoções de seus pacientes como prazer, medo, raiva e ansiedade. Posteriormente, ele descobriu que a energia em movimento constante no corpo humano é a mesma presente no cosmos, à qual chamou de orgônio.Por esse motivo, foi acusado pelos meios acadêmicos de ser um místico, rótulo que refutou com veemência.
Fonte de Pesquisa: Uol.com
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