- Quem é que não se lembra da boa e velha Rua Augusta? A rua Augusta representou para os jovens paulistanos na década de 60 muito glamour e diversão. Foram tempos bons... que não voltam mais! Mas quem viveu naquela época há de convir que foi uma das melhores épocas que São Paulo já teve. E quem teve a sorte de presenciar e viver essas décadas maravilhosas, com certeza deve sentir saudades.
No final dos anos 50, a Rua Augusta começou a atrair um comércio mais sofisticado, fixando-se como um novo centro de compras. Nessa mesma época, o Conjunto Nacional foi escolhido para ser a nova sede da Confeitaria Fasano, que deixava o centro da cidade para brilhar na Avenida Paulista. E logo se tornou o novo ponto de encontro da elite paulistana.
As grifes famosas, o charme e as boas opções gastronômicas transformaram a região em uma vitrine para atores, músicos, artistas de TV e personalidades de todo tipo. A personalidade da Rua Augusta se fazia também pelo inusitado. Ali, no tradicional Frevo, Eva Vilma e John Erbert, protagonistas da serie Alô Doçura pararam para um chopinho depois de se casarem, saindo apressados para apresentar mais um capitulo da série.
Ponto de encontro da juventude paulistana das décadas de 60 e 70, os cines Picolino, Majestic e Marachá ficavam lotados, principalmente nas tardes de "paquera" do domingo. Depois da sessão da tarde vinha aquele lanche saboroso acompanhado de um sunday de chocolates nas badaladas lanchonetes Frevinho e Simbad. Para os jovens, o frisson da época era subir a Augusta - sentido Avenida Paulista - apostando corrida em um grupo de 10 ou 15 carros. A música Rua Augusta, de Hervé Cordovil, expressa essa rebeldia da juventude paulistana. Imortalizada na Jovem Guarda, com Erasmo Carlos - o Tremendão - a música se tornou um do maiores hit dos anos 60. Mais tarde, em 1972, foi reagravado com os Mutantes. A paixão dos integrantes da Jovem Guarda por São Paulo fez com que a Rua Augusta ficasse nacionalmente famosa. Eramos Carlos comprou um fusca cor de abacate para subir e descer a Augusta.
As “patricinhas” de hoje, eram chamadas de “cocotinhas”, havia a Confeitaria Yara que era o point de encontros e paqueras, e as motocas paradas todas em frente ao Frevo da Rua Oscar Freire, davam o que falar...
O Cine Paulista, o cinema mais badalado da época, era onde todos marcavam encontros nos finais de semana, e assistiam às sessões das 2:00, das 4:00 e das 6:00, só para namorar, mas os filmes que eram bons ninguém assistia.
E a Hi-Fi? Quem é que subia a Rua Augusta e não dava uma parada na Hi-Fi só para aparecer? As garotinhas ou “cocotinhas” do Externato Meira, cabulavam aula na Hi-Fi e no Cine Paulista, que tinha sessão desde às 10:00 da manhã. Na época, só tocava e se falava nos Beatles, o filme “A Hard Days Night” estava em cartaz no Cine Paulista e a meninada que gostava de cabular aula (pois era moda também) assistiam sete, oito e até dez vezes o filme dos Beatles.
Na Copa do Mundo de 1970, em que o Brasil foi campeão, a Rua Augusta parou, literalmente. Havia uma fila de carros subindo e outra descendo, só que ninguém andava, as duas pistas paradas, o pessoal subiu nas capotas dos carros e foi a maior zueira que São Paulo já teve. A partir da década de 70, começou a se adaptar às mudanças, dado o pesado tráfego de automóveis e ônibus e a criação de de inúmeras galerias e centros comerciais, aliado à falta de estacionamento. Mesmo assim, os jovens continuaram a estar por lá com suas motos, carros envenenados e muito congestionamento, principalmente, entre 1976 e 1980 haviam muitas discotecas também. Mas o grande barato era nos finais de semana a tarde, a noite não era para as cocotinhas.
Sempre sendo atualizada desde aquela época, com a reforma do calçamento, decoração com vasos, retirada de uma parte dos postes de iluminação pública (que estavam obsoletos), colocação de carpete, estacionamento Zona Azul e subterrâneo e a construção de um boulevard e por fim a eliminação dos ônibus elétricos com as novas calçadas. E surgiu a famosa Bibelot do Vitor, quem não comprasse na Bibelot, era descartado.As Galerias também eram muito badaladas e a moda indiana estava no auge. O Guerreiro na Haddock Lobo fez a sua fama, a Freedom da Lorena era uma lojinha que vendia e fazia artesanato indiano, tudo o que se podia imaginar em coisas indianas lá tinha, anéis de rabo de elefante e as pulseiras começaram nessa época, lembro que você não podia comprar, tinha que ganhar, o que tinha de irmão comprando para irmã era um barato. A primeira loja a trazer os anéis de rabo de elefante legítimos, foi a Paraphernália na Al. Franca. De lá pra cá virou moda.
O interessante, era que a Rua Oscar Freire era a menos badalada, o must mesmo era na AL. Lorena ,Tietê, Franca, era lá que se situavam as melhores grifes. A Via Condotti e o Spinelli eram lojas que um homem não podia deixar de ir. Nossa, quantas coisas surgiram na famosa Rua Augusta... não dá nem para lembrar de tudo, mas uma coisa eu te digo: se aquela rua falasse...
As grifes famosas, o charme e as boas opções gastronômicas transformaram a região em uma vitrine para atores, músicos, artistas de TV e personalidades de todo tipo. A personalidade da Rua Augusta se fazia também pelo inusitado. Ali, no tradicional Frevo, Eva Vilma e John Erbert, protagonistas da serie Alô Doçura pararam para um chopinho depois de se casarem, saindo apressados para apresentar mais um capitulo da série. Ponto de encontro da juventude paulistana das décadas de 60 e 70, os cines Picolino, Majestic e Marachá ficavam lotados, principalmente nas tardes de "paquera" do domingo. Depois da sessão da tarde vinha aquele lanche saboroso acompanhado de um sunday de chocolates nas badaladas lanchonetes Frevinho e Simbad. Para os jovens, o frisson da época era subir a Augusta - sentido Avenida Paulista - apostando corrida em um grupo de 10 ou 15 carros. A música Rua Augusta, de Hervé Cordovil, expressa essa rebeldia da juventude paulistana. Imortalizada na Jovem Guarda, com Erasmo Carlos - o Tremendão - a música se tornou um do maiores hit dos anos 60. Mais tarde, em 1972, foi reagravado com os Mutantes.
A paixão dos integrantes da Jovem Guarda por São Paulo fez com que a Rua Augusta ficasse nacionalmente famosa. Eramos Carlos comprou um fusca cor de abacate para subir e descer a Augusta. Pioneira, a Rua Augusta abrigou o primeiro buffet de festas da cidade, o Buffet João Moura, a primeira boate gay, a Intend´s, e o primeiro espaço multicultural do país, o Pirandello. Dirigido por Antônio Maschio, que ao lado de Caio Graco, da Editora Brasiliense, criou o "amarelo das diretas", símbolo da luta pela liberdade e redemocratização do país, o Pirandello era ponto de encontro de artistas, intelectuais e políticos; um lugar onde tudo acontecia. Tudo isso fez da Augusta uma rua com a cara de São Paulo - múltipla e cosmopolita -- atraindo diferentes públicos e todos os tipos de contrastes: comércio popular e de elite, hotelaria de luxo e restaurantes sofisticados, bares simples e pequenos motéis. Um resumo da cidade em 16 mil metros.
Nos final dos anos 80, o boom dos shoppings center reduziu o comércio de rua e fez com que o movimento na Rua Augusta entrasse em declínio. O sonho tinha acabado, nada mais foi como antes. A partir da instalação de novas lojas, novos centros Culturais e cinemas, como o Espaço Unibanco, com cinco salas, o Cine Sesc, e os remodelados Conjunto Nacional e Center 3, a Augusta começou de novo a brilhar completamente diferente do que era, mas... Quem teve o privilégio de viver os anos de ouro da Augusta, jamais esquecerá o quanto ela representou para a nossa juventude. Fonte de Pesquisa: Wikipédia e Minhacidade Escrito por: Lulucha
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